Um verdadeiro deleite gastronômico, é o que você experimenta ao conhecer esses nomes. Com técnicas inovadoras, criatividade e paixão pela culinária, esses profissionais têm deixado sua marca na cena gastronômica, elevando a cozinha brasileira a novos patamares e tornando-se referências no universo da alta gastronomia.
No top 10 desta semana, GLMRM destaca 10 nomes brasileiros que estão revolucionando a gastronomia nacional. Seja na cozinha ou à frente da gestão de seus negócios, conquistam paladares ao redor do mundo. Seus restaurantes têm surpreendido e seduzido até os mais exigentes, consolidando o Brasil como um importante destino para amantes da boa comida.
1 – Alberto Landgraf | @albertolandgraf
O chef Alberto Landgraf é conhecido por sua abordagem técnica e multidisciplinar à frente dos restaurantes Oteque, no Rio de Janeiro, e Bossa, em Londres. Seu toque destaca ingredientes de forma minimalista, equilibrada e com sabores impactantes.
Mergulhado em referências culturais diversas, ele trabalha sua cozinha com o dogma da qualidade, equilibrando simplicidade e sofisticação. Landgraf é uma figura influente no cenário gastronômico brasileiro, combinando talento culinário com uma mente curiosa e aberta, refletindo sua paixão pela busca constante por novas inspirações além das fronteiras da culinária.
Os ingredientes do sucesso para ele? Curiosidade e determinação. “Toda criação tem que ser coesa. E a coesão não é necessariamente uma questão étnica ou uma questão de ingredientes usados. A coesão, na minha opinião, é que para um grande cozinheiro ter um estilo próprio, e ter um processo criativo no qual busca desenvolver um trabalho a longo prazo, ele tem que encontrar o perfil de sabor que consegue se identificar. Quero que uma pessoa coloque aquela comida na boca, sinta o sabor, a textura e diga: esse prato é do Alberto.”
2 – Alex Atala | @alexatala
O trabalho que Alex Atala desenvolveu ao longo de sua carreira, focado no aprimoramento de ingredientes, cores e sabores brasileiros, chamou a atenção dos especialistas. O chef possui uma coleção de prêmios nacionais e internacionais. Em 2013, por exemplo, fez parte da lista das 100 pessoas mais influentes da revista TIME.
Nos últimos 13 anos, seu restaurante em São Paulo, D.O.M., é destaque frequente na lista The World’s 50 Best Restaurants pela Restaurant Magazine. Em 2014, Atala recebeu o Prêmio Lifetime Achievement Diners Club na eleição South American 50 Best, pela mesma revista.
Em 2015 se tornou o primeiro chef brasileiro a ter um restaurante de duas estrelas no Guia Michelin.
Responsável por difundir sabores brasileiros além de nossas fronteiras e dono de uma carreira de mais de 30 anos, ainda figura entre os melhores do mundo. Em 2021 ficou em oitavo lugar no prestigiado The Best Chef Award – lista que classifica 100 nomes de relevância mundial.
“Ter uma carreira de sucesso em restauração é trabalhar na essência do nosso ofício, servindo às pessoas o que elas precisam para se sentirem restauradas. É fazer o básico bem-feito e, acima de tudo, trabalhar com propósito e responsabilidade para cuidar de toda a cadeia que envolve a alimentação, da terra ao prato. Em resumo, ter uma carreira de sucesso começa olhando para o negócio por inteiro, para dentro e para os impactos que ele provoca.”
3 – André Saburó Matsumoto | @saburo77
Não há como explicar a carreira do chef e sushiman André Saburó Matsumoto sem mergulhar no ambiente familiar do cozinheiro. Ainda criança, acompanhava o pai Shigeru, ou como ficou mais conhecido no Recife, seu Júlio, nas atividades cotidianas dos seus restaurantes anteriores. Sim, ele fundou outros negócios no ramo de alimentação antes da Taberna Japonesa Quina do Futuro, que incluíam as idas ao mercado público para escolher e comprar insumos de qualidade, sobretudo, peixes.
Em casa não era diferente. A relação dos Matsumoto com a comida sempre foi de respeito e valorização do alimento e dos rituais em torno dele. Enfim, desde muito cedo o chef aprendeu que comida é coisa séria e, ao longo da convivência com o pai, foi compreendendo que seu Júlio fazia mais do que alimentar as pessoas: preservava a cultura do seu país natal.
Para ele, o segredo do sucesso vem do “compromisso com a equipe e clientes, amor ao ofício e uma pitada de sorte na trajetória.”
4 – Edinho Engel | @edinhoengel
O chef cresceu imerso na cultura em torno da culinária de Uberlândia, Minas Gerais, onde descobriu sua verdadeira paixão pela gastronomia. A dedicação e amor pela cozinha levaram-no a abrir dois restaurantes de destaque: o Manacá, localizado em Camburi, litoral norte de São Paulo, e o Amado, que fica em Salvador, Bahia.
Com sua expertise e habilidades culinárias, conquistou reconhecimento tanto regionalmente quanto nacionalmente, oferecendo experiências gastronômicas inesquecíveis em ambientes que refletem a riqueza cultural das regiões onde estão inseridos.
Sua jornada como chef inspira muitos aspirantes à culinária e continua a cativar os paladares mais exigentes em busca de novas e autênticas experiências.
“Precisamos ter um ‘faro’ para entender o que fazer, para quem fazer, onde fazer e como. Comida tem que ser boa, claro, mas o essencial é ‘cuidar’ do cliente. Dar a ele um pertencimento”, ressalta.
5 – Edson Yamashita | @edson_yamashita
A trajetória de Edson Yamashita na cozinha japonesa começou aos 13 anos, seguindo os passos da família. Decidido a aprofundar seus conhecimentos na arte da culinária nipônica, mudou-se para o Japão aos 15 anos. Lá, integrou a equipe do Sushi Kan em Kawasaki, onde aprendeu a filosofia EDOMAE GINZA da Escola Kanpachi, sob a tutela do mestre Sawamoto, uma figura lendária dessa escola de sushi nas décadas de 1970 e 1980. Após oito anos de estudos e trabalho no Japão, Yamashita retornou ao Brasil para continuar sua jornada culinária.
Desde 2016 está à frente do renomado Ryo Gastronomia e em 2020. Antes de iniciar o Ryo Gastronomia, passou um período de retiro espiritual em um templo budista, Catedral Nikkyoji, na Vila Mariana. Nesse momento de introspecção se converteu ao budismo e concebeu o sofisticado cardápio do restaurante, que conquistou sua primeira estrela do Guia Michelin em 2018. Em 2020, mudando totalmente o conceito do restaurante, trabalhou apenas com o estilo OMAKASE (menu degustação) de uma forma bem minimalista, atendendo apenas 8 pessoas por rodada. Conquistou a segunda estrela do Guia Michelin, prêmio mais desejado por todos os chefs do mundo.
O Ryo Gastronomia aposta na culinária Kaiseki, que privilegia ingredientes sazonais e porções pequenas para serem degustadas sem pressa. Atualmente está fechado para uma nova atualização (como em 2020) e com um novo conceito inusitado que promete surpreender a todos os amantes da clássica culinária japonesa, como sempre fez.
6 – Gero Fasano | @gerofasano
Gero Fasano era um jovem de 20 anos quando voltou ao Brasil de uma temporada de estudos em Londres. Ele desembarcou em São Paulo com uma obsessão: resgatar a história da gastronomia da família. O bisavô Vittorio e o avô Ruggero comandaram restaurantes de sucesso.
Foi desse desejo que nasceu um dos hotspots mais emblemáticos de São Paulo: Fasano. Gero resgatou o espírito de grandes restaurateurs como Claude Terrail do Tour D’Argent, em Paris, e Fernand Point da Pyramide, em Viena. Sua missão é satisfazer o cliente com o melhor ingrediente, a melhor cozinha e o melhor serviço.
Mas o primeiro Fasano foi apenas o embrião para um grupo em forte expansão, principalmente depois da associação com o grupo JHSF. Isso mesmo em localidades tão diversas, como Nova York e Trancoso, as duas últimas inaugurações do grupo.
7 – Helena Rizzo | @helenarizzo
Gaúcha de Porto Alegre, Helena flertou com a arquitetura numa breve passagem pela faculdade. Foi garçonete da banqueteira Neka Menna Barreto e estagiou na cozinha dos restaurantes Roanne, de Emmanuel Bassoleil, e Gero, do Grupo Fasano. Convidada a chefiar a cozinha do Na Mata Café, desconfiou que talvez o universo da gastronomia fosse mesmo o seu.
Aos 21 anos embarcou para a Europa para estagiar. Por lá, entendeu que a comida poderia ser um meio de expressão artística e não apenas um trabalho mecânico e monótono, como tinha sido a sua experiência até então. Dessas experiências, de volta ao Brasil, deu vida ao Maní e desenvolveu cozinha contemporânea profundamente calcada em ingredientes simbólicos da cozinha brasileira.
O Maní detém uma estrela Michelin desde a chegada do guia ao Brasil, em 2015, e figura entre os melhores restaurantes do mundo e da América Latina pela premiação 50 Best. O mesmo prêmio concedeu à chef os títulos de melhor chef mulher da América Latina, em 2013, e do mundo, em 2014. O Maní rendeu frutos e hoje o Grupo Maní possui ainda uma casa de eventos, Casa Manioca, um restaurante mais casual, Manioca, e uma padaria, Padoca do Maní (com duas unidades), todos em São Paulo.
Em 2018 foi parte do júri internacional do reality show gastronômico The Final Table, da Netflix. E desde 2021 é uma das juradas do MasterChef, reality show da Band. “Estar atento às coisas que nos rodeiam: cheiros, sabores, estéticas, sons. Estar aberto ao universo sensorial”, este são seus ingredientes para o sucesso.
8 – Juscelino Pereira | @jupiselli
Desde a infância em Joanópolis (interior paulista), onde a tentativa de plantar ervilhas não deu certo, até a vinda para São Paulo, Juscelino Pereira (hoje dono do restaurante Piselli) tem uma história de vida marcante. Na capital paulista, começou como ajudante geral, cumim, garçom, sommelier e maître em casas menos conhecidas até chegar ao Grupo Fasano, por onde permaneceu por longos anos até abrir seu restaurante Piselli, antes dos 35 anos – idade que seu avô dizia ser limite para todo homem ter seu próprio negócio.
O empresário sempre foi uma pessoa inquieta que traduz uma vontade incessante de apreender, crescer, inovar, modificar, investir em objetivos que possam permear um futuro sólido e resultar em frutos positivos destas construções diárias. Hoje atua nos restaurantes Piselli Jardins, Piselli Sud no Shopping Iguatemi e Piselli Boa Vista, além do Piselli Brasília. Outras casas que ele é sócio? Timo Mio e el Carbón, ambos na Vila Olímpia. Recentemente abriu o Mercato Piselli, plataforma on line com a curadoria do restaurateur que vende mais de 500 itens ligados a enogastronomia.
“Para se fazer sucesso neste segmento é preciso ter empreendedorismo na veia e ter paixão pelo ramo da gastronomia, pesquisando e tendo curiosidade. Trabalhar com prazer sempre para agradar clientes e conquistar amigos”, diz Juscelino
9 – Ricardinho Trevisani | @ricardinhotrevisani
Está à frente dos restaurantes Ristorantino nos Jardins, Ristorantino Caffè no shopping Pátio Higienópolis e Ristorantino Riviera de São Lourenço (os dois últimos terão inauguração em setembro deste ano), além do rooftop giratório Lassù Ristorante, com seu Lassù Rooftop Club no 29° andar de um imponente edifício em Santana.
Ricardinho Trevisani tem história: foram 9 anos como cozinheiro na Itália, mais de duas décadas como diretor do Grupo Fasano e criador e operador da rede Maremonti Trattoria por 14 anos.
“Certamente existem várias receitas para se chegar num ótimo resultado… No início da minha carreira me aproximei de líderes inspiradores e me cerquei de profissionais brilhantes! Sempre busquei experiência aliada ao conhecimento. Mas, acima de tudo, acho que o mais importante é identificar se a carreira que se está seguindo é realmente aquela que faz seu coração bater mais forte”.
Atualmente, Ricardinho cuida da gestão de seus negócios e se diverte, diariamente, com clientes-amigos no salão de seu aclamado Ristorantino nos Jardins.
10 – Roberta Sudbrack | @robertasudbrack
“Paixão, determinação, honestidade, coerência. E uma boa pitada de loucura!”. É assim que Roberta Sudbrack define a receita para ser eleita a melhor chef mulher da América Latina.
Apesar de todo o glamour que uma chef estrelada tem à disposição, Sudbrack sempre preferiu restaurantes “low profile”. Sem cursos, aprendeu a cozinhar de forma autodidata e dedicou seu tempo para estudar gastronomia do jeito que dava: mergulhando em livros que tinha à disposição, com muita disciplina. E logo estava chefiando, e por sete anos, a cozinha do Palácio da Alvorada no mandato de Fernando Henrique Cardoso. Foi a primeira chef de cozinha na história do Palácio.
Depois de muitas viagens pelo mundo, passou a observar mais de perto a comida de rua e a forma como era feita em cada local, principalmente na Europa, com seriedade e ótima relação dos empresários com os produtores artesanais. Daí nasceu a vontade de ter seu Foodtruck, em 2015, que logo transformou-se no Da Roberta e também a incentivou na abertura de outro restaurante, o Sud, o Pássaro Verde, que funciona no Jardim Botânico há cinco anos.
Roberta já foi eleita a melhor chef mulher da América Latina (Veuve Clicquot Latin America’s Best Female Chef 2015) pela revista inglesa ‘‘Restaurant’’. O RS, fechado em 2016, acumulou três estrelas no Guia Quatro Rodas e uma no Guia Michelin, além dos incontáveis prêmios e honrarias recebidos ao longo dos anos. Em 2012 e 2013 figurou entre os 100 melhores restaurantes do mundo, segundo a revista inglesa Restaurant. Já em 2014 foi o único restaurante brasileiro entre os 50 melhores do mundo (48º colocação) segundo a publicação britânica Elite Traveler.
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