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Felipe Veloso
Foto: Divulgação

Depois de um período cinzento, é comum querer carregar na cor. E isso não é só na moda. Vale para a decoração da casa, alimentos, frutas, flores… ah, as flores! Com a primavera batendo na porta, não tem como não sonhar com elas. Fato é que, nesses meses pós-pandêmicos, as pessoas têm se rendido a cores e estampas fortes. O movimento foi batizado de “dopamine style” (algo como, “estilo dopamínico”, fazendo alusão ao neurotransmissor cerebral responsável pela sensação de bem-estar e
felicidade) e estudos comprovam: as cores realmente têm o poder de mexer com nossos sentimentos.

Tem gente que é expert nisso. Com uma camisa estampada de folhagens em tons de pink e azul, Felipe Veloso posa em frente ao Morro Dois Irmãos, em Ipanema. As cores do pôr do sol ao fundo se mesclam com seu figurino e levantam qualquer astral. Stylist de gente como Regina Casé e Caetano Veloso, Felipe é colorido por natureza e seus looks se destacam nas ruas da zona sul do Rio de Janeiro – e também em seu Instagram.


“As flores coloridas são as que mais levam vantagens na natureza, e não à toa. Adoro as vibrações das cores e das combinações entre elas. Se vou fazer algo na mata, uso uma roupa camuflada em tons de verde, se vou contemplar um amanhecer, tons de amarelo ou dourado, se for subir a Pedra da Gávea, look todo azul. As cores fazem parte do meu momento e recarregam a energia do meu dia”, explica Felipe, que tem na parede de sua sala dois hibiscos enormes iluminados, além de um corredor listrado em preto e branco.


Suas combinações são um reflexo de seu humor, já que vestir-se, para ele, é uma forma de comunicação ou um gatilho de como gostaria de estar. “Quando não estou tão bem, as cores ajudam a alegrar o meu dia”, conta o stylist, que, no trabalho, gosta de estudar minuciosamente a pessoa que vai vestir para melhor traduzir o estado de espírito do cliente.


NA NATUREZA SELVAGEM


Professor da FAU, da Universidade de São Paulo, e estudioso da cor na arquitetura há mais de 40 anos, João Carlos de Oliveira Cesar explica que as cores realmente têm o poder de despertar sentimentos. “O ser humano sempre vai se sentir bem em ambientes com diversidade cromática porque é como na natureza, nosso habitat original. Se você entra em um ambiente monocromático, ele não remonta à natureza, pelo contrário, afasta”, explica, em referência à Goethe, no livro “Doutrina das Cores”, do qual é autor do prefácio da edição brasileira.


João lembra que a cor é resultado da relação entre os estímulos que a gente recebe e o que cada um de nós carrega de vivência e conhecimento: “Por isso as cores têm uma função fundamental no nosso relacionamento com o meio. A gente percebe o
mundo justamente por meio delas.”

A casa dos avós, com seus tapetes coloridos, almofadas de crochê e repletas de porta-retratos é um exemplo de como esse mix de tons e texturas nos faz sentir bem. “Você pode até não gostar como projeto arquitetônico, mas dificilmente vai se sentir mal em um ambiente desses”, acredita o professor.

A reportagem completa está na edição 177 da JP, já nas bancas.

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