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Claudia Bartelle || Crédito: divulgação

A criadora de conteúdo digital Claudia Bartelle transformou seu diagnóstico de câncer de mama em ferramenta de apoio para quem enfrenta a doença. Ela compartilhou sua história e tratamento nas redes sociais. Em 2021, Bartelle lançou o livro “Muito para Viver“, cuja renda das vendas é 100% revertida para a Casa de Apoio Madre Ana, que assegura acolhimento a pacientes portadores da doença em tratamento na Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre.

Com prefácio do Padre Fábio de Melo, o livro traz depoimentos de pessoas que estiveram ao lado da influenciadora nesse momento difícil, além de orações e informações sobre prevenção e cuidados. Na obra, a influencer faz reflexões intensas e íntimas sobre a experiência. Compartilha medos, angústias e também suas vitórias.

O livro “Muito para Viver,” de Claudia Bartelle || Créditos: reprodução Amazon

Com a chegada do Outubro Rosa, Claudia falou com exclusividade ao GLMRM sobre a conscientização e prevenção do câncer de mama.

GLMRM: Como sua experiência tratando câncer de mama te colocou à frente de projetos sociais tão importantes e como foi esse processo entre aprender e trabalhar a favor dessa conscientização? 

Claudia Bartelle: A minha experiência com o câncer de mama me botou à frente de muitos trabalhos sociais importantes. O que me levou a isso foi que eu me dei conta que, por mais apoio que você tenha, da sua família, do seu marido, dos seus amigos, na doença você está sozinho. Ninguém consegue imaginar exatamente o que você está passando. Mas quando você conversa com outra pessoa que também está passando por isso, pelo mesmo processo de câncer, você se dá conta que você não está sozinha, que tem muitas outras pessoas passando por isso e isso deixa a trajetória do câncer mais leve. É muito bom ter esse apoio e poder trocar experiências, desmistificar os medos, as fantasias que a gente tem. E é muito importante a gente conscientizar todas as pessoas, todas as mulheres, a fazerem os seus exames de rotina, porque o diagnóstico precoce é o início da cura, ele vai fazer toda a diferença. Quem descobre um câncer cedo, um nódulo muito pequeno, tem muito mais chance dessa história ter um final feliz. É por isso que estou à frente desses projetos, para falar para as pessoas se conscientizarem, tem muitas pessoas que têm medo de fazer os exames, não querem ou que dizem que quem procura acha; é importantíssimo achar se você tiver algum nódulo maligno, porque isso faz toda a diferença na vida do paciente.

GLMRM: Quais as suas dicas para quem acaba de descobrir o diagnóstico? 

Claudia Bartelle: A minha dica para quem acabou de descobrir que está com câncer é fé e pensamento positivo. Positivo e acreditar nos seus médicos e seguir o tratamento. Nunca desanimar, sempre pensar que você vai vencer, nunca desanimar. E eu acho que o câncer foi só um pedacinho na minha vida. Durante todo o tratamento eu encarei ele só como um pedacinho da minha vida. Eu continuei vivendo e vivendo muito. Eu acho que o câncer te traz insights sem querer romantizar, de dar valor para o que tem valor realmente, dar valor para quem está do teu lado, para quem te ama. Então eu acho que a gente fica mais essencialista. O câncer te traz isso, te dá a importância do agora.

GLMRM: Onde a família, a espiritualidade e a mente positiva se colocam nesse processo de tratamento?

Claudia Bartelle: A família, a espiritualidade e a mente positiva são fundamentais no processo de cura. Você precisa da sua família do seu lado para te dar apoio, para muitas vezes quando você enfraquecer psicologicamente eles te darem a mão e te tirarem do buraco. É muito importante ter alguém para te dar a mão. A espiritualidade é fundamental, sem espiritualidade você não é nada, você precisa acreditar em Deus e isso vai fazer toda a diferença na jornada para a cura. E a mente positiva também é fundamental, a gente tem que acreditar sempre na vitória, que a gente vai vencer e que não tem outra alternativa. A gente já é vitorioso no momento que descobrimos o diagnóstico, porque esse é o primeiro passo para cura.

Um mês de campanha

O Outubro Rosa começa neste domingo, 1, e é um movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama. A ideia da campanha surgiu na década de 1990, quando um laço cor-de-rosa foi distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA).

O objetivo do Outubro Rosa deste ano é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença. O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre mulheres. Em 2020, ele representou 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas em mulheres.

No Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. O câncer de mama também é o responsável pela maior taxa de mortalidade da doença entre as mulheres brasileiras.

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

 

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