Elon Musk se despediu de 2022 batendo recorde, mas ao contrário. É que o CEO e maior acionista da Tesla entrou para a história como a primeira pessoa que perdeu US$ 200 bilhões (R$ 1,07 trilhão) em patrimônio líquido. Ou seja, cerca de R$ 3 bilhões por dia. Esse foi um resultado negativo causado pela queda do valor de mercado da ação da montadora de carros elétricos no ano passado, e principalmente entre outubro e dezembro, quando ele conseguiu fechar de vez a compra do Twitter.
O negócio – que gerou muita polêmica, por vezes gerada pelo próprio Musk – deixou os investidores da companhia americana decepecionados e crentes de que o “Homem de Ferro da vida real” dali para frente dedicaria a maior parte de seu tempo ao microblog, razão pela qual muitos optaram por se desfazer dos papeis da gigante dos automóveis que tinham e que, diante de tal debandada, desde então derretem nos pregões.
Musk ainda tem muito dinheiro, claro, ou mais precisamente US$ 138,6 bilhões (R$ 741,5 bilhões), quantia que o torna a segunda pessoa mais rica do mundo depois do francês Bernard Arnault, dono do LVMH, que tem US$ 190,4 bilhões (R$ 1,02 trilhão). E o pior é que analistas de mercado acreditam que 2023 não será um ano bom para a Tesla, na qual a fatia de aproximadamente 24% representa a maior parte da fortuna do ex-namorado de Grimes.
Em tempo: o título de pessoa que perdeu mais dinheiro em todos os tempos é do japonês Masayoshi Son, que, com o estouro da bolha de internet, em 1999, viu US$ 60 bilhões (R$ 321 bilhões) dos US$ 90 bilhões (R$ 481,5 bilhões) que possuía na época desaparecem do dia para a noite. Já o de quem perdeu, proporcionalmente, toda uma bolada bilionária de uma vez só é de Eike Batista, cuja quebradeira em massa de empresas, em 2013, lhe custou seus então estimados US$ 34,5 bilhões (R$ 184,6 bilhões), nota por nota.