Caos é uma palavra insuficiente para descrever o que aconteceu no mercado de criptomoedas nessa semana, que derreteu mais de US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão). Puxado pela bitcon, cuja unidade (BTC) valia US$ 68,9 mil (R$ 348,4 mil) em novembro, seu recorde até hoje, a moeda digital despencou quase 60% de lá pra cá e agora vale US$ 27,8 mil (R$ 140,6 mil) a unidade.
A queda contaminou suas pares, como ethereum, litecoin e até a favorita de Elon Musk, a dogecoin. Já existem especialistas dizendo que uma nova bolha como a da internet que estourou em 1999 vem por aí, o que outros, talvez mais sensatos, acreditam ser um exagero.
Fundador da plataforma de negociação de criptos FTX, Sam Bankman-Fried viu sua fortuna despencar pela metade, para US$ 11,3 bilhões (R$ 57 bilhões), só entre a última segunda e sexta-feira. Detalhe: Gisele Bündchen e Tom Brady, ambos investidores da FTX, também devem ter sentido no bolso algum prejuízo, ainda que não tão alto quanto o de Bankman-Fried.
Já os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, cofundadores do Facebook (agora Meta), perderam US$ 2 bilhões (R$ 10,1 bilhões) cada de suas fortunas individuais, anteriormente estimadas em US$ 3,6 bilhões (R$ 18,2 bilhões). Mas a sangria não afetou só a turma das BTCs e afins: as empresas tech também viveram um de seus piores momentos nos últimos dias, devido à fuga de investidores.
Nesse caso, e por conta de resultados não tão animadores quanto o esperado que a Apple, a Meta e similares divulgaram recentemente, eles preferiram vender seus papéis nessas gigantes tech e recomprar o de empresas tradicionais, algo que foi particularmente simbolizado quando a fabricante do iPhone perdeu o título de empresa mais valiosa do mundo, na terça-feira, para a Aramco, a estatal de petróleo da Arábia Saudita. Suas capitalizações são agora são, respectivamente, de US$ 2,36 trilhões (R$ 11,93 trilhões) e US$ 2,38 trilhões (R$ 12 trilhões). Apertem os cintos!
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