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Vivienne Westwood
Vivienne Westwood

Talvez em razão da inevitável melancolia da despedida – a desse ano, no caso – que aumenta à medida que a chegada do seguinte fica cada vez mais próxima, nessa altura do jogo, quase que aos 45 do segundo tempo, fica meio no ar uma sensação de que 2022 foi mais um ano de perdas do que ganhos. E, sobretudo, no que diz respeito ao seleto grupo formado por personalidades tão icônicas que seus status de imortais foram conquistados ainda em vida.

Como Sidney Poitier, o primeiro ator negro a ganhar um Oscar, que nos deixou quase 12 meses atrás, em 6 de janeiro, aos 94 anos, parece até que foi um sinal dos tantos pares dele no quesito “ser lenda” que morreram nos meses seguintes. Até uma rainha! Hoje, neste sábado (31), um papa emérito, título oficial que não se usava desde o século XV e, há apenas dois dias, um rei do futebol, que saiu de campo na mesma data em que uma soberana da moda também fechou seu desfile: Vivienne Westwood. E, em uma cruel coincidência do destino, a morte da igualmente lendária fundadora da maison mais punk que já se viu acabou ficando em segundo plano na cobertura de notícias da ocasião, que teve como destaque a de Pelé, o maior jogador de futebol da história.

Mas, eis a ironia do acaso: a própria Westwood, que odiava clichês e mais ainda ser reverenciada, como de fato merecia, não teria imaginado um fim tão do seu jeito como como o foi, salva pelo craque brasileiro e rumando para a eternidade com a certeza de que seus gols também balançaram muito mais do que a rede da trave. E, com a missão cumprida, lembrando que a própria fashionista não se considerava designer e afirmava exercer o cargo de uma para fazer política.

O tempo (sempre ele) vai provar que a rebeldia de Westwood e seu “protesto” ouvido em corte de tesoura foram o maior de seus dois legados, que usou suas desejadas roupas e acessórios punk como seu acampamento constante. E por meio dos quais, de quebra, continuará sendo ouvida por muitos anos ainda. É acertar o look que fala? GLMRM aproveita a deixa sobre a “aula dada” de Westwood para relembrar 10 de suas melhores frases; confira:

1. “Só estou nesse meio [a moda] por um motivo: destruir a palavra conformidade”.

2. “Minhas criações têm história. Têm identidade. Elas têm a personalidade e o propósito nelas. E é por isso que se tornam clássicas, porque continuarão contando histórias para sempre”.

3. “Comprem menos. Escolham bem. Façam durar. Qualidade, e não quantidade. As pessoas estão comprando roupas demais”.

4. “Não estou tentando fazer algo diferente, estou tentando fazer exatamente a mesma coisa que já fizeram, só que diferentemente de todos”.

5. “Você vai ter uma vida muito interessante se passar a usar roupas impressionantes”.

6. “A luta já não é mais entre as classes ou entre os ricos e os pobres, mas sim entre os idiotas e os ecologicamente conscientes”.

7. “O melhor acessório de todos é um bom livro”.

8. “A moda tem sua importância. É algo que melhora a vida e, como tudo aquilo que dá prazer, precisa ser bem feita”.

9. “Geralmente a inteligência é composta por muita imaginação, muitas ‘sacadas’, enfim, muitas coisas que não têm nada a ver com a razão”.

10. “Na real, a única forma que seja lá quem for pode ter para causar um impacto no mundo é por meio de ideias nada populares”.

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