Donas de bolsas Hermès no mundo todo têm muito o que comemorar. É que a grife francesa teve resultados impressionantes no último quarter, enquanto a maioria dos players de luxo lutam para manter seu lugar ao sol.
No segundo trimestre, as vendas da grife francesa subiram 28%, para 3,32 bilhões de euros no segundo trimestre. Na dianteira desse crescimento, estão acessórios e prêt-à-porter, com um incremento de 35,1%, e joias e produtos para o lar, com 36,1%. Na sequência, estão artigos de couro e selaria (23,2%), relógios (24,2%) e perfumes e beleza (12,4%).
A receita do sucesso? “Exclusividade”, diz Tania Wagner, uma das responsáveis por trazer essa e outras marcas de luxo para o Brasil e fundadora da BFF Shop My Closet, e-commerce especializado em venda de peças novas e seminovas de luxo, com curadoria especial e garantia de procedência.
“Toda a produção da Hermès é feita à mão, e o número de produtos é limitadíssimo. Se você entrar em uma loja e quiser sair com uma bolsa, não vai conseguir. As clientes têm que entrar em uma lista de espera, e há um limite de duas bolsas por ano por comprador”, explica Tania.
A empresária já ouviu histórias de gente que tentou encomendar uma bolsa e não entrou sequer na lista de espera. “Como eles dificultam muito a compra, criou-se um mercado paralelo de bolsas second hand, que acabam por valorizar ainda mais o produto.”
Caso famoso foi a Diamond Himalaya Birkin, leiloada em 2017 pela Christie’s Hong Kong e arrematada por 340 mil euros, ou R$ 1,7 milhão. Em 2020, novo recorde uma Himalaya Kelly 25 foi arrematada por US$ 437.330, ao lado de uma Himalaya Birkin 25, por US$ 388.738.
Mas não são só as bolsas mais exclusivas que tendem a se valorizar. Uma bolsa que custava US$ 2, US$ 3 mil há dez anos, hoje vale pelo menos US$ 10 mil, segundo Tania.
A dica da empresária é fugir dos modismos e investir nos modelos icônicos, como Birkin e Kelly. Mas com um twist: por mais que as bolsas de 35 cm sejam mais práticas e clássicas, o momento é investir em bolsas menores – essas vão triplicar de valor com o tempo, aposta Tania.
Se a opção for uma second hand, é preciso tomar cuidados extras para não cair em golpes. “Só compre com nota fiscal ou certificado de procedência”, diz Tania. A peça não tem nem um nem outro? Pois hoje existem maneiras de conseguir um certificado caso a bolsa não tenha nota fiscal – desde que seja original, claro.
Em seu e-commerce, Tania usa uma maquininha chamada Entrupy. “Ela parece um iPod, que você passa pela bolsa, no couro, fecho, costura, ferragem… Se for original, ela emite um certificado”, conta Tania.
Para clientes finais, há os sites Real Authentication, que certifica peças de várias marcas, e o Bababebi, que só trabalha com Hermès.
Feitas para qualquer ocasião? Pra quem pode, sim!
O clique de Kim Kardashian com uma das bolsas mais caras do mundo em pleno estádio de futebol correu o mundo na semana passada. A diva foi acompanhar uma partida da Inter Miami, atual time de Lionel Messi, ao lado de toda a família Beckham. No look, uma Himalaya Birkin de US$ 450 mil.
O famoso modelo da grife francesa é feito de couro de crocodilo do Nilo, e é adornada com diamantes, e é fabricado em quantidades ultralimitadas.
Outra famosa que desfila por aí com suas raridades a tiracolo é Georgina Rodríguez, mulher de Cristiano Ronaldo, que tem coleções variadas com inúmeros modelos e cores da grife francesa. Ela é uma das únicas pessoas do mundo, ao lado de Kim, que possuem a rara Birkin dentro do closet.
Veja mais famosas, como Lady Gaga, Victoria Beckham e Julia Roberts, exibindo suas joias francesas por aí: