Publicidade
Hermès
Foto: Moonik, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Praticamente a única grande marca de moda francesa dentre aquelas cujo controle ainda está nas mãos de descendentes dos seus donos originais, a centenária Hermès entrou em 2022 com o pé direito.

Com as portas abertas desde 1837, ano em que nasceu como uma oficina de selas e arreiros para cavalos fundada por Thierry Hermès na extinta rue Basse-du-Rempart de Paris, a hoje gigante fashion com valor de mercado de mais de € 135 bilhões (R$ 679 bilhões) faturou € 2,7 bilhões (R$ 13,9 bilhões) nos primeiros três meses desse ano, cerca de 27% a mais do que o resultado obtido entre janeiro e março de 2021, conforme a companhia revelou em seu balanço divulgado na quinta-feira passada.

A maior parte dessa cifra é originária da Ásia, onde a maison de 185 anos acumulou vendas de € 1,7 bilhão (R$ 8,7 bilhões) no último trimestre, receita 25.7% maior do que a informada no fim do mesmo período do ano passado.

E apesar de não ser tão volumoso seu saldo em nações asiáticas, a Hermès conseguiu aumentar seu faturamento na Europa de € 381 milhões (R$ 1,9 bilhão) que teve entre janeiro e março de 2021 para os atuais € 541 milhões (R$ 2,7 bilhões) no primeiro trimestre de 2022, ou um aumento de 41.9% entre os trimestres equivalentes.

Aumentos de dois dígitos consideráveis em seus segmentos de “ready-to-wear” e acessórios (50.1%), e relógios (71.5%), assim como em seu site de e-commerce (67%), também chamam atenção no primeiro relatório trimestral da Hermès desse ano, divulgado na seman passada.

Controlada pelas famílias francesas Dumas, Puech e Guerranda, cujos membros descendem de Thierry Hermès, a Hermès tem 66.6% de seu capital sob posse do trio de clãs, o que a protege de ser comprada do dia pra noite por algum investidor agoniado. Bernard Arnault até que tentou fazer isso nos anos 2010, mas no fim desistiu da ideia.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Instagram

Twitter