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Titi Müller || Créditos: Divulgação

O Brasil será desbravado a partir dessa sexta-feira, com a estreia da quinta temporada de “Anota Aí – Os 10 Mais“, programa de viagens apresentado por Titi Müller no Multishow. Glamurama conversou com a apresentadora, que começou na MTV com um pequeno projeto em 2009 e atualmente, além do “Anota Aí”, participa da cobertura de diversos festivais de música pelo canal e do quadro “A Eliminação”, do BBB. Ao papo!

Titi Müller || Créditos: Divulgação

Glamurama: Quantos dias vocês ficaram na estrada para gravar o programa?
Titi Müller: “Um mês – duas semanas no Sudeste e duas semanas no Sul.

Glamurama: Quais foram os highlights da viagem?
Titi Müller: “Visitar o museu Jeca Tatu, na estrada de Ouro Preto, que na minha opinião nada representa tanto o Brasil quanto aquele lugar. Provar pratos típicos deliciosos da culinária brasileira que nunca tinha provado como tutu à mineira e entender de fato a cachaça! Agora peço até caipirinha de cachaça, virei cachaceira! (Risos)

Glamurama: Imaginamos que você deva provar muita comida boa por aí! Como faz para manter a silhueta?
Titi Muller: “Costumo engordar bastante durante as gravações de ‘Anota Aí’. Na Itália, por exemplo, ganhei quatro quilos. Pelo Brasil engordei bastante também, mas como dividimos em duas temporadas de gravações, não sei um número exato. Quando retorno das viagens volto à academia e controlo a alimentação. Corro atrás do prejuízo por uma questão de saúde mesmo, porque quando as roupas deixam de fechar não é legal!” (Risos)

Glamurama: Muitos brasileiros preferem viajar para fora em vez de viajar pelo país. O que você pensa sobre isso?
Titi Müller: “A gente tem uma autoestima baixa no modo geral, que nesse momento complicado para o país tá ainda pior – a síndrome de vira-lata dos brasileiros tá mais forte do que nunca. E também acaba sendo caro viajar pelo Brasil… Por isso o pessoal prefere conhecer além da fronteira. No programa a gente vai mostrar o quanto vale a pena e pode ser acessível viajar pelo nosso país. Nas primeiras edições do ‘Anota Aí’ a gente mostrava como ser VIP pelo mundo, com passeios caríssimos por lugares como Dubai e Japão, imagina! Dessa vez queremos que as pessoas anotem realmente dicas possíveis.”

Glamurama: Como é a hora de fazer a mala? Você já tem prática, é adepta do menos é mais?
Titi Müller: “Tem uma figurinista que monta todos os meus looks e menos é mais total. Só levo peças curinga, porque acabo ficando muito tempo na estrada. Às vezes a temperatura muda bruscamente entre um lugar e outro, então tenho que levar de biquíni a casaco de neve. Agora pelo Brasil deu pra fazer uma mala um pouco mais leve. São anos de prática, então hoje viajo o mais leve que posso e sempre tenho uma mala meio engatilhada pra um fim de semana, com uma nécessaire básico.”

Glamurama: O que você leva de mais estranho na mala?
Titi Müller: “Minha ‘farmácia’ é um pouco polêmica porque levo remédios pra absolutamente tudo. Já passei muito perrengue tentando explicar em turco, por exemplo, que eu tava com gastrite. Como a alimentação muda completamente, um ‘piriri’, por exemplo, pode acontecer a qualquer momento.”

Glamurama: Qual o maior perrengue que já passou na “estrada”?
Tati Müller: “A primeira temporada foi bem peculiar. A gente não sabia direito o que tava fazendo, era um teste. Sofri um acidente na segunda parada, em Miami, e tive que fazer o resto do programa escondendo os pontos que levei no braço. Também misturei remédio pra dor com drinks, o que me deu o maior revertério, e pra completar perdi duas malas, uma na Turquia e a outra em Nova York.”

Glamurama: Que drama!
Tati Müller: “Perdi tudo. Tive que comprar algumas coisas durante a viagem pra gravar as pautas que faltavam e hoje, quando revejo esse programa digo: ‘que roupa era essa?'” (Risos) Eu fui engordando e comprando coisas sem provar que ficaram apertadas… acabei usando looks ‘cagadíssimos’, mas deu tudo certo. Como era a primeira temporada tudo que eu tinha levado era meu, foi duro perder tudo.”

Glamurama: Você é muito consumista? 
Tati Müller: “Nunca fui muito consumista, sempre fui uma pessoa leve. E desde que comecei na TV praticamente não compro mais nada porque ganho muitas peças. Nas primeiras viagens queria comprar várias coisa e com o tempo fui desencanando total. Trago só as memórias do que vivi.”

Glamurama: Você acha que há uma saturação de programas sobre viagem na TV? 
Titi Müller: “Acho que não porque cada apresentador tem uma abordagem diferente. O ‘Lugar Incomum’ [programa apresentado por Didi Wagner] e o ‘Anota Aí’ passaram pelos mesmos lugares e não se conflitam. Cada um tem uma visão e um único destino pode ser mostrado de mil formas diferentes.”

Glamurama: Como é trabalhar com o que as pessoas chamam de férias? 
Titi Müller: “Não tem nada de férias! O ‘Anota Aí’ é uma maratona louca. Às vezes a gente engata em jornadas de até três dias sem dormir e não tem day-off. São várias pautas e já aconteceu de gravarmos mais de 18h/dia. Acaba sendo muito prazeroso porque trabalho com uma equipe fantástica. Nesse sentido até parece que não estou trabalhando, mas o fato de ser um programa de listas, de ter uma obrigação de ter dez dicas, nos impede de simplesmente cair com uma pauta que não tenha funcionado. Muita coisa é improvisada na hora, o demanda muito esforço intelectual, gerando um grande desgaste físico e emocional. É uma ginastica.”

Titi Müller || Créditos: Divulgação

Glamurama: Você viaja muito desde pequena?
Titi Müller: “Não, comecei a viajar mesmo depois dos 20 anos. Até então só viajava com meus pais mas viagens menores, de carro. Íamos muito pra praia.”

Glamurama: Quantos países você já visitou?
Titi Müller: “Mais de 30.”

Glamurama: Quais são seus top 5 lugares no mundo?
Tati Müller: “A própria cidade em que se vive, caminhar pelas ruas, sentir a atmosfera e tentar se ‘desembolhar’ um pouco, e lugares de turismo de natureza, que já já não vai  ter mais, ou porque vai sumir ou não vai mais ser do jeito que é. Nesse contexto indico Fernando de Noronha, Pantanal, Manaus e Chapada dos Veadeiros, no Brasil, Seychelles e Alasca nos Estados Unidos.

Glamurama: Você começou na TV como VJ da MTV. Sonhava em trabalhar com viagens? 
Titi Müller: “Nem nos meus maiores sonhos imaginava ter um programa como o ‘Anota Aí’ e nunca nem pensava em trabalhar na MTV. Eu era designer e tava super feliz com isso na época, quando pintou o convite pra um pequeno projeto na MTV. (Risos) E ao longo desses 10 anos as coisas foram acontecendo naturalmente.”

Glamurama: Muitas pessoas que começaram no Multishow depois migraram para canais abertos. Você gostaria de seguir o mesmo caminho?
Titi Müller: “Eu to muito feliz onde eu estou, mas se rolar algum convite massa dentro da casa, no grupo Globo, por exemplo, vamos avaliar, claro!”

Glamurama: Algum outro projeto à vista além do Anota Aí?
Titi Müller: “Vários projetos à vista. Os mais próximos são os lançamentos de dois livros ainda este ano: o ‘Diário de Bordo’, que comecei a escrever em 2013, e ‘Como Me Tornei Feminista’, com a Clarah Averbuck. No mais, fui convidada pra fazer um longa.” 

Glamurama: O que você acha dos movimentos que vem acontecendo para combater ao assédio e abuso sexual? 
Titi Müller: “Desde o meio do ano passado tenho entrado em debates com mais frequência porque fui colocada como representante de feminismo na TV. Acho que todos os dias a gente tem que rever conceitos e pré- conceitos e trazer o assunto à tona. O livro ‘Como Me Tornei Feminista’ é um retrato do momento que a gente tá vivendo, de despertar a consciência e se dar conta do quanto o pensamento mudou de nossa criação pra cá, desde os padrões de corpo à rivalidade feminina.”

Glamurama: Ano passado você revelou à imprensa um período difícil de sua vida, quando foi vítima de um estupro que a fez desenvolver anorexia. A justiça foi feita?
Titi Müller: “Não foi.

Glamurama: Você superou totalmente o ocorrido? 
Titi Müller: “Não tem como superar algo assim, mas prefiro não falar. Me arrendo de ter exposto esse caso.”

 

 

 

 

 

 

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