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Marjorie Estiano como Manu || Divulgação/ TV Globo
Marjorie Estiano como Manu de “A Vida da Gente” || Divulgação/ TV Globo

Mais uma novela está prestes a ser reprisada pela Globo. ‘A Vida da Gente’, exibida originalmente em 2o11, volta às telinhas para substituir ‘Flor do Caribe’ no horário das 6. Uma ótima oportunidade de matar as saudades de Marjorie Estiano, que interpreta a tímida e sensível Manuela, e também Nicette Bruno, uma das vítimas da Covid-19 no ano passado. Manu sempre foi rejeitada pela mãe, interpretada por Ana Beatriz Nogueira, e ‘ofuscada’ pela irmã mais velha Ana, papel de Fernanda Vasconcellos.

Na contagem regressiva para reestreia, a partir de 1º de março, Marjorie entrega sua expectativa de rever a personagem 10 anos depois: “Vai ser interessante perceber se, passado esse tempo, assumiríamos os mesmos posicionamentos de antes ou interpretaríamos as circunstâncias da mesma maneira”. Confira o papo completo:

‘A Vida da Gente’ foi escolhida para ser reexibida a partir de 1º de março e a receptividade do público tem sido muito boa. Como você recebeu a notícia da volta da novela? 
Marjorie Estiano: Dentre as novelas que fiz parte, essa sempre foi uma das mais citadas pelo público. Sempre saudosos dos personagens preferidos e gratos ao Globoplay pela oportunidade de revê-los. Citavam personagens, cenas, conflitos, falas, a torcida…Tenho certeza que quem viu, vai querer ver novamente. É uma novela delicada e aguda. De drama psicológico, com dilemas possíveis, conflitos frequentes e comuns a todos nós.

Qual a importância da Manuela na sua carreira? Conta um pouquinho como foi viver essa personagem.
O aprendizado é um exercício contínuo, sem fim. No meu caminho como atriz até o último papel que interpretar na vida, vou seguir aprendendo e descobrindo coisas novas. E, nesse percurso, eu diria que a Manuela foi um papel muito importante, por conta da personalidade, dos conflitos, das circunstâncias… e da etapa em que me encontrava dentro do aprendizado. Foi um exercício intenso, árduo e profundo, que exigiu muito e também me ofereceu a oportunidade de alargar e sedimentar alguns entendimentos. Acho que com ela caminhei para o final de uma etapa.

Tem alguma cena inesquecível, que te marcou, e que você vai fazer questão de rever?
A oportunidade de conviver e contracenar com Nicette Bruno… e também com Ana Beatriz Nogueira e Neusa Borges. Gratidão eterna ao universo por ter cruzado meu caminho com o delas. Um privilégio. A máxima que diz “As pessoas podem esquecer o que você diz, mas não como você faz elas se sentirem” vale para os dois lados. Eu posso não ter gravado na memória uma cena, um diálogo, mas o convívio com essas atrizes era intenso. Um deleite e inesquecível.

E tem alguma que tenha sido muito difícil? 
Me lembro que a demanda era muito grande e com um ritmo puxado. Muito mesmo. E especialmente no período do pós-acidente, contando com a filmagem do acidente, em particular a parte dentro d’água, foi bastante desgastante. Era uma sequência grande, de muito sofrimento, um momento trágico na vida da personagem. Viver essa carga por um período longo foi difícil e doloroso.

Como foi a parceria, a troca com os outros atores? Além de Nicette e Ana Beatriz, você passou muito tempo também com Rafael Cardoso, Fernanda Vasconcelos… conta pra gente como era?
As melhores lembranças, o que eu mais guardo, sempre, são as parcerias. Rafael é muito leve e simples, muito paciente e tranquilo. Me lembro de ser muito prazerosa e divertida a nossa interação, nos falamos eventualmente, e mesmo não sendo frequente sinto que ficou uma fluência entre nós. Nicette era tudo e mais um pouco, a sensação é de que poderia conversar com ela durante horas e sobre qualquer assunto, com muita troca, muita escuta, elaboração, ela era engraçada, inteligente, sensível… Ana Beatriz também, e de uma forma completamente diferente. Fernanda era minha ‘hermana’, na alegria e na tristeza… as duas correndo juntas atrás de dar conta daquilo tudo, de toda ambiguidade, profundidade e delicadeza que a Lícia oferecia. Essa novela foi densa, tenho certeza que minha ‘hermana’ vai concordar. Suamos frio. E o melhor pra mim é que depois que passa, as boas lembranças ganham muito mais importância.

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