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Juliana Paes || Créditos: Reprodução/ Instagram
Juliana Paes || Créditos: Reprodução/ Instagram

Juliana Paes não vai com a maré, isso é fato. E nem se intimida por desafios e hashtags de redes sociais. No ano passado, no auge do movimento “#mexeucomumamexeucomtodas” e de outras campanhas de empoderamento feminino, contra o machismo, reafirmando o feminismo e por aí vai, a atriz ponderou sobre posturas de “algumas linhas” do feminismo. “Acho errado esse desejo de igualdade com os homens a todo custo. Somos tão competentes e valiosas quanto eles, mas não iguais”, disse em uma entrevista. Em tempos de muita agressividade, Juliana foi alvo de duras críticas. Na época, Glamurama conversou com ela sobre a repercussão negativa. “As pessoas estão irritadas, amargas, feridas. É uma cultura do ódio. ‘Se você pensa diferente, não gosto de você’. Tenho fé no ser humano. Minha conduta fala por mim. A [minha] espontaneidade é mais saudável do que eu ficar pensando em aspas de efeito”, nos disse.

Dito isso, a gente ficou pensando: como a atriz estaria se sentindo nesses dias pré-eleições tão polarizadas, com a classe artística em peso se “desafiando” – literalmente – nas redes sociais a tomar partido? Não tem sido fácil pra ninguém – está aí Anitta que não nos deixa mentir. E Sasha, e tanta gente atacada na internet por se posicionar, ou por não se posicionar. “#elenao”, “#elesim”… O que Juliana tem a dizer sobre o assunto?

“Eu, como todos os artistas e pessoas que têm visibilidade, me senti pressionada, sim. Mas eu acredito muito na minha conduta, no meu posicionamento. Tenho muita fé na minha moral, na minha ética. E acredito do fundo do meu coração que você tem todo o direito de dar sua opinião e também de não querer falar. Eu até omiti o que penso a respeito, mas omiti da maneira que julgo mais responsável e respeitosa com as pessoas que me acompanham. Então é isso: cada um vai até onde acha que é saudável pra si. Isso é democracia. Bem estar em sociedade é você entender até onde o outro quer ir, está a fim de ir. Quer falar muito? Fale. Não quer falar nada? Ok. Quer falar pouco? É assim que tem que funcionar”.

Juliana Paes || Créditos: Reprodução/ Instagram

Sobre trabalho, Juliana adora conversar. Ela confirmou pra gente que vai estar na próxima novela das nove de Walcyr Carrasco, que vai substituir “O Sétimo Guardião”, sucessora de “Segundo Sol” na grade. “Pelo amor de Deus… Eu ainda não sei nada. A gente está em conversas. Vou fazer, sei que é uma grande personagem, mas não sei detalhes. Na sexta-feira já vou saber mais. Vamos ter uma reunião”.

Apesar de boa de prosa, a atriz está precisando ser mais comedida. Ela também explicou pra gente detalhes do problema nas cordas vocais que a tirou do projeto do game show que apresentaria ao lado de Lazaro Ramos.

“Sou disciplinada. Sou aquela pessoa que todo ano faz um check-up geral. Gosto de estar em dia com exames de rotina, de sangue, teste ergométrico, autoexame [de mama, para a prevenção do câncer]. Gosto de me cuidar. Acho muito importante. Quando a gente tem o corpo como ferramenta de trabalho, e não é só desculpa isso, fica muita atento aos nossos sinais. Já me conheço muito bem. Terminei a novela [‘A Força do Querer’] e percebi que estava com um timbre…. Com o pitch baixo. Mas eu fiz um trabalho de voz na Bibi [personagem dela], então era natural que por um tempo permanecesse assim. Mas aí entrou um filme, entrou outro. Saí de férias. Voltei e continuei achando que mesmo com os exercícios que costumo fazer meu timbre não estava normalizando. E tinha uma leve rouquidão. Aí procurei um otorrino, pouco antes do primeiro ensaio do programa. No dia seguinte, recebi o diagnóstico completo. Era mesmo um cisto fistulado já, sem muita gravidade, mas com consequências. É como se fosse uma cicatriz, um calo na corda vocal. Pra eu recuperar essa mobilidade das pregas vocais, da musculatura, precisava fazer um trabalho de fono”.

“É como um jogador de futebol contundido que precisa de fisioterapia. Todo dia. Estou fazendo uma dieta pela primeira vez, uma dieta vocal. Falando em um tom um pouco mais baixo, tentando não gritar, não forçar. Se tenho um evento hoje, amanhã preciso ficar em casa. Conversei com a Grande Rio [sua escola de samba]… Falar perto da bateria, a concorrência vocal… Você tentar falar um pouco mais alto é péssimo pra voz”.

Juliana Paes || Créditos: Reprodução/ Instagram

Quanto tempo até ganhar alta? “É difícil precisar. Serão três meses de fono duas vezes por semana mais os exercícios diários, poupando a voz, bebendo muita água, pra aí sim ter uma segunda avaliação e ver qual é o segundo passo, se tenho alta. É bem devagar o processo”.

E mais: “Foi muito difícil abrir mão do programa, de algo que estava tão animada pra fazer. E é muito difícil pra mim essa serenidade ao interagir. Você sabe que eu adoro falar alto. Eu me sinto limitada. Mas quando a gente tem um objetivo, e o meu é trabalhar muito em 2019, a gente tem que fazer por onde”. (por Michelle Licory)

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