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Foto: Franco Frugiuele

Lily Scott é referência quando o assunto é animar pistinhas e festinhas ou organizar eventos que acabam virando hotspots com temática avant-garde. Produtora por mais de uma década, a também DJ, está à frente do novo clube paulistano chamado Love <3 ao lado de Facundo Guerra e Cairê Aoas. O espaço vai funcionar no antigo endereço da emblemática casa noturna Love Story, no centro de São Paulo. 

Como a temática do club será o sexo e toda a arte que envolve prazer e sedução, a convidamos para comandar a playlist “Sexual Healing”, que você confere aqui:

Selecionei algumas músicas para esses instantes em que a vida vale mais a pena. Para um jantar romântico – acompanhade ou sozinhe, para as preliminares, para uma noite em casa (ou fora dela), para os finalmentes.

Lily Scott, DJ e produtora

Atualmente viajando pelos Estados Unidos, buscando referências e fazendo “estudos antropológicos” para o novo point, Lily separou faixas que vão do clássico e atemporal às que estão no seu radar de novidades – aliás, garimpar essas hidden tracks é algo que ama fazer. Leia a íntegra do papo com a DJ e produtora, que conta da escolha das faixas à sua viagem que dura cerca de dois meses.   

Que a nova casa paulistana traga esse olhar curioso, despindo preconceitos e normalizando vestimentas ou a falta delas. 

  • glamurama

    Por que a escolha dessas músicas?

  • Para mim, música e sexo são dois pontos particulares e pessoais. Como muitos outros, estão atrelados a gostos, preferências e à história de cada um. Em outras palavras, o que te emociona, o que desperta sua paixão, o que te deixa com tesão, pode não necessariamente causar o mesmo efeito em mim. Contudo, existem algumas predileções (quase) universais quando falamos sobre a união de ambos. Músicas que atravessam décadas e resistem aos tempos e ainda são lembradas e tocadas em momentos que o coração bate um bocadinho mais acelerado e a respiração fica mais ofegante.

  • glamurama

    Onde está respondendo às nossas perguntas e quais cidades você visitou?

  • Atualmente estou em Los Angeles, mas estou fora de casa há quase dois meses. Nesse meio tempo, passei pela Cidade do México, Holbox, Tulum e Nova Iorque (onde vivi a vida noturna como se não houvesse amanhã, assim como aqui em LA, risos), mas estou me preparando para a volta ao Brasil. Chego na manhã de sábado e já vou direto para uma reunião sobre a curadoria artística da Love (bem, passo em casa para deixar as malas e tomar um banho, risos) e no dia seguinte tenho um evento em minha outra venue, o Ilha 360.

  • glamurama

    Tem alguma história engraçada dessa viagem, que possa compartilhar?

  • Tenho várias! (risos) Como estamos falando sobre sensualidade e sexo, trago para cá um dos highlights, que foi no House of Yes, mescla de clube e festa de NY. O dresscode, obrigatoriamente, tem fantasia ou vestimenta fetichista. Sem dificuldade alguma, montei meu look como mandava o protocolo. E lá fui eu com luvas de látex, harness, coleira e mamilos cobertos somente por um adesivo. Mas antes, o estudo antropológico, claro: o passeio de metrô absolutamente desse jeitinho que descrevi. Sem me esconder, sem cobrir nenhuma parte do corpo (afinal, por qual motivo deveria fazê-lo, certo?).

  • E o porquê desse “estudo”, então?

  • O intuito era entender a reação das pessoas… Para a minha surpresa, entre olhares curiosos, abordagens engraçadas, elogios sinceros, dois me chamaram a atenção: o primeiro, de um senhor com idade aproximada aos 70 anos que me parou educadamente, com toda a delicadeza do mundo, para dizer que havia amado meu look e a liberdade de expressão, que o mundo andava muito careta e cheio de julgamentos (risos). O segundo, de uma senhora na casa de seus 50, dizendo que a minha presença ali havia feito o dia dela após longas horas de trabalho e que chegaria inspirada em sua casa.

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