“Quem me leva para passear” é o 19º livro da atriz, escritora, multiartista e poetisa Elisa Lucinda, que será lançado pela Editora Malê nesta segunda-feira (13), na Blooks Livraria, no Botafogo, Rio de Janeiro. Na autobiografia ficcional, que retorna à personagem Edite, da obra “Livro do Avesso”, lançada em 2019, Elisa faz uso da técnica literária fluxo de consciência, o que permite ao leitor conhecer o pensamento de Edite, o qual nos conduz a aprimorar o olhar para a vida e nos provoca a liberdade íntima do pensar.
“No primeiro volume da série, “O pensamento de Edite/Livro do Avesso”, ainda não sabíamos que Edite era uma cozinheira e acompanhávamos seu pensamento diário como se estivéssemos lendo alguém que anota tudo que pensa. Neste segundo, não. Ela não escreve, mas nós temos acesso ao que ela pensa. Estamos dentro da cabeça de Edite vivendo com ela os seus sonhos, sua geografia, suas incongruências, contradições, falhas e epifanias, para o que der e vier. “Na cabeça de Edite cabe tudo. Seu nome próprio, que é também um verbo, já diz a que veio: ‘Edite'”, sintetiza a autora.
“Na cabeça de Edite cabe tudo. Seus sonhos, sua geografia, suas incongruências, contradições, falhas e epifanias”.
Elisa Lucinda, atriz, escritora, multiartista e poetisa
Em seu processo de escrita, Elisa costuma pedir a amigos que leiam seus originais em voz alta “para que ela possa ter a noção da força oral daqueles arranjos de palavras e fazer, assim, os ajustes rítmicos do tecido em prosa coloquial e poética ao mesmo tempo”, explica a capixaba. “Me transportei imediatamente para o universo de Edite que, sim, em muitos momentos parecia ser algo particular, do exercício da liberdade dessa mulher preta cheia de desejos, uma querente por excelência e em outros momentos ela era muitas. Percebi pensamentos íntimos de avós, primas, tias, mãe ou até de desconhecidas. Edite é isso…. Uma ótima companhia para o nosso existir”, resumiu Lázaro Ramos, que depõe na quarta capa do livro suas impressões da história.
Na orelha do livro, a chef de cozinha e escritora Paola Carosella declara: “Enquanto Edite cozinha, refoga devagarinho o alho para o seu arroz soltinho, ela vai cozinhando o mundo ao seu redor. Bota no fogo os culpados, fatia e descasca hipocrisias, cheira mentiras e deixa de molho a injustiça. (…) Eu chamo Elisa Lucinda de furacão”
“Chamo Elisa Lucinda de furacão”
Paola Carosella, chef de cozinha
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