Um dos lançamentos mais esperados de 2022, “Jurassic World: Domínio” tenta, em suas 2 horas e 26 minutos de duração, ser um capitulo final para a trilogia, mas se perde por alguns caminhos, e deixa a entender que teremos em um futuro não tão distante mais produções da franquia.
O filme tem novamente como diretor Colin Trevorrow, responsável pela outras duas produções da trilogia, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” (2015) e “Jurassic World: Reino Ameaçado” (2018). Com alguns problemas estruturais, o longa mostra a exaustão da franquia em um blockbuster pouco empolgante, que mais parece um filme central e não um “ponto final” da saga.
São falhas como resoluções rápidas de problemas relativamente grandes, passagens de tempo mal executadas e ação desenfreada com piadas ao final dos diálogos para tentar criar uma química entre personagens que acabaram de se conhecer, por exemplo.
O que empolga no filme mesmo são as freqüentes batalhas entre os dinossauros, que merecem ser vistas na melhor qualidade possível. No meio de toda ação, recebemos ainda uma chuva de referências aos outros filmes da franquia.
A Velociraptor Blue continua sendo o destaque nesse filme e, por incrível que pareça, nos emociona com seu instintos e postura de mãe, muito mais que Clarie (Bryce Dallas Howard) tentando ser a madrasta de Maisie (Isabella Sermon), uma clone criada em laboratório.
Elenco afiado e nostalgia
Quem rouba a cena é Laura Dern, ela é a ligação que o filme traz com a primeira trilogia. A paleontóloga e paleobotânica é quem “recruta” o trio que fez tanto sucesso nos anos 90, formado por Alan Grant (Sam Neill) e Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum). Ela também é a única com um desenvolvimento dentro do filme e, a cada aparição na telona, agracia os fãs da série com referências e nostalgia, deixando Claire, a quem ele deve passar o “bastão”, ainda mais sem destaque.
Muitos outros atores que já fizeram parte da trilogia dão as caras em “Domínio”: o Dr. Henry Wu (BD Wong) que parece mais uma vez brincar de Deus, Barry (Omar Sy), o responsável por cuidar dos Velociraptors em Jurassic World, junto com Owen Grady (Chris Pratt), o comportamentalista animal que começa uma caçada desenfreada em busca não só da sua filha mais de Beta, a filha de Blue.
Franklin (Justice Smith) e Zia (Daniella Pineda) aparecem bem pouco no primeiro arco do filme, mas foi o suficiente para entendermos onde ficaram e o que fizeram durante os quatro anos após a destruição da Isla Nublar, no filme anterior.
Representatividade
A nova personagem DeWanda Wise é a melhor aquisição da franquia: além de trazer a importância da representação LGBTQIA+ para o universo Jurassic, ela está nos melhores momentos do filme. A beleza e simpatia da personagem cativam o espectador em pouco tempo, a piloto de avião resolve muitos problemas e ajuda a fazer a trama andar com sua participação.
“Jurassic World: Domínio” é um filme que agrada o publico alvo, mas não consegue esclarecer ou encantar o público ocasional. A ideia de coexistência entre os humanos e dinossauros é uma historia boa de ser mostrada, mais pareceu que Colin Trevorrow não deu uma abordagem que resolva o problema entre as espécies. Quam espera um final épico talvez não seja contemplado com a melhor apresentação de uma parte final.
Glamugeek deixa 2 estrelas de 5 para a produção de grande orçamento da Universal. “Jurassic World: Domínio” chega aos cinemas nesta quinta (02).
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