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Gal Costa
Foto: Carol Siqueira / Divulgação

Em quase seis décadas de carreira, Gal Costa se solidificou como uma das principais artistas da música brasileira, deu voz aos maiores compositores de sua época e experimentou os mais diversos gêneros e ritmos em mais de 40 discos.  

GLMRM relembra a trajetória de sucesso da baiana, que morreu nesta quarta (09), aos 77 anos, por meio de alguns dos seus principais hits. Confira: 

1960 – Estreia nos palcos e primeiro sucesso

Ao lado de Caetano Veloso, Maria Bethânia, Tom Zé e Gilberto Gil, Gal Costa estreou nos palcos durante o espetáculo “Nós, Por Exemplo”, em 1964. No ano seguinte, lançou sua primeira gravação, “Sol Negro”. Já em 1967, a cantora apresentou ao público “Domingo”, seu primeiro disco em parceria com Caetano Veloso, que lançou o primeiro sucesso, “Coração Vagabundo”. Em 1968, voltaria a se reunir a Caetano, Gil e Tom Zé para gravar, junto com Os Mutantes e Nara Leão, “Tropicalia ou Panis et Circensis”, pedra fundamental do movimento tropicalista.

1970 – ‘Gabriela’ e um convite para atuar 

A década de 70 consagra Gal como uma das maiores vozes da nossa música, com o lançamento de discos que figuram até hoje no panteão da MPB, como “Fa-Tal”, “Índia” (cuja capa foi censurada por mais de 15 anos) e “Àgua Viva”. Foi também a década da reunião dos Doces Bárbaros, o quarteto com Caetano, Gil e Bethânia que comemorou os dez anos de carreira de cada um com um disco e turnê.

Mas foi também o começo de uma carreira de sucessos populares, com a gravação, em 1975, de “Modinha para Gabriela”. A música era o tema da novela inspirada no clássico de Jorge Amado. Gal contou em entrevista que o diretor da primeira versão da trama, Daniel Filho, a convidou para interpretar Gabriela, vivida por Sônia Braga, mas declinou do convite por se considerar mais cantora do que atriz. 

https://www.youtube.com/watch?v=RiDFEccyJdI

1980 – Do tropicalismo ao pop 

Já na virada para a década de 1980, Gal Costa se afastou um pouco do movimento tropicalista e lançou sucessos voltados para o pop. A baiana lançou hits como “Aquarela do Brasil”, “Chuva de Prata” e “Um Dia de Domingo”, ao lado de Tim Maia. Em 1988, sua voz estava estampada na programação da TV Globo na abertura de “Vale Tudo”, uma das novelas de maior sucesso da dramaturgia, cantando sua versão de “Brasil”, de Cazuza. 

1990 – Homenagens a parceiros e novo público 

Gal Costa começou a década de 1990 com o álbum “Mina D’água do meu Canto”, que incluía apenas canções dos parceiros Caetano Veloso e Chico Buarque. Já em 1997, se aproximou do público jovem com a gravação de um dos discos de maior sucesso do “Acústico MTV”, em novas versões para hits da carreira. Em 1999, homenageou Tom Jobim com um disco inteiro dedicado à obra do maestro. Foi também a década da consagração da carreira internacional, com a inclusão do hall da fama do Carnegie Hall e turnês em algumas das principais casas de show do mundo.

2000/2010 – Novos parceiros e ritmos

Nos últimos 22 anos de carreira, Gal superou um hiato na carreira para se dedicar à família e voltou a gravar discos de sucesso e se aproximar das novas gerações de cantores e compositores. Em 2011, gravou “Recanto”, álbum produzido por Caetano no qual trouxe elementos da música eletrônica e do funk. “Sempre gostei de ousar”, disse à época a quem mais uma vez se surpreendeu com mais uma virada na carreira.

Em 2015, o álbum “Estratosférica” apresentou uma nova fase da cantora com a aproximação de novos talentos, como Criollo, Artur Nogueira, Malu Magalhães e Céu. Mesmo depois de quase 60 anos de carreira, Gal seguia inovando e unindo sua voz às novas vozes da MPB, como prova a gravação de “Cuidando de Longe”, com Marília Mendonça e o álbum “Nenhuma Dor”, em que revisitou algumas de sua faixas mais conhecida ao lado de nomes como Seu Jorge, Tim Bernardes e Jorge Drexler.

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