Um dos maiores sucessos recentes da Netflix, “Dahmer: Um Canibal Americano”, tem dado o que falar entre os familiares das vítimas do assassino. Shirley Hughes, mãe de Tony Hughes, um dos homens mortos por Jeffrey Dahmer, ficou incomodada com o que chamou de “insensibilidade” da série e afirmou ao The Guardian que a representação da morte de seu filho, além dos danos à família, não aconteceu da forma como é mostrada.
“Não aconteceu assim. Eu não sei como eles podem usar nossos nomes e divulgar coisas assim por aí”, critica. Hughes, hoje com 85 anos, compareceu todos os dias ao julgamento de Dahmer em 1992 em busca de justiça por Tony.
Tony, que era surdo e mudo, encontrou Dahmer num bar gay de Milwaukee em 24 de maio de 1991, de acordo com a agência Associated Press. O assassino levou o jovem para casa, o drogou e desmembrou seu corpo, mantendo seu crânio.
Na representação do crime na série, Dahmer, interpretado por Evan Peters, é visto doando dinheiro para as operações de buscas de Tony, enquanto cozinhava e comia seu fígado.
O pastor Elder Durain, que também acompanhou o julgamento na época, disse à Associated Press que o assassinato do filho “despedaçou” Shirley Hughes. “Nunca vi alguém tão ferida espiritualmente como ela. Ela percorreu um longo caminho. Agora, luta permanente de ajudar as outras famílias em luto”, disse.
Outros familiares de vítimas de Jeffrey Dahmer também já compartilharam sua indignação com a série. irmã de outra vítima do psicopata, Rita Isbell contou à revista Insider que ver uma atriz representando seu desespero durante o julgamento na história a fez reviver todo o trauma.
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