O que é importante e necessário para ser um bom pai? Para Lázaro Ramos, a presença e o aprendizado diário com os filhos faz toda a diferença, mas o ator fala de uma realidade pouco conhecida no Brasil. Neste ano, o país teve o maior número de crianças sem o nome do pai na certidão de nascimento desde 2018, segundo dados recolhidos pelo Cartório de Registro Civil do Brasil.
Pensando nisso, neste Dia dos Pais GLMRM selecionou papais que fazem questão de mostrar o quão presentes são na vida dos filhos para contarem suas experiências e aprendizados sobre a paternidade. Confira:
‘Descobrindo uma nova vida’
Luiz Fernando Guimarães quebrou alguns estereótipos ao ser pai aos 69 anos. Com seu parceiro de longa data, Adriano Medeiros, ele adotou Olivia e Dante para dividir o teto, as viagens e os conhecimentos que acumulou em sua trajetória.
O ator diz estar “descobrindo uma nova vida” com a paternidade, mas garante ser difícil definir o que está aprendendo. “Nossos filhos nos ensinam muito”, diz ele, que aproveita para compartilhar seus conhecimentos com os dois aos 8 e 10 anos.
“A minha família é minha informação e meu meio. Então, eu trago o meu histórico. É muito louco porque, por exemplo, Dante não quer ir à escola. Eu acho normal, toda criança não quer ir à escola e eu também não queria ir. Então, falo: ‘Eu te entendo porque eu também não gostava de escola’. As pessoas podem pensar que sou péssimo em falar isso, mas falo: ‘Olha para mim, eu odiava a escola, mas eu era obrigado a ir.’ Temos uma relação que não é psicológica e que eu não busco nos livros.”
‘Tenho que lutar pelo feminismo’
Casado com a atriz Yanna Lavigne, Bruno Gissoni é pais de duas filhinhas: Madalena, de 5 anos, e Amélia, nascida em janeiro. Orgulhosos de sua família, os dois compartilham a rotina nas redes sociais e viram até notícia por isso – sejam por passeios ou só por uma foto com as crias.
Além da presença intensa da mulher, da mãe e da bisavó, figuras importantes na vida de Gissoni, a viagem divertida e intensa pela paternidade de duas meninas ensinou muito ao ator.
“Amadureci com as minhas duas filhas porque aprendi sobre temas que não dava tanta importância, como o feminismo. Eu tenho que lutar pelo feminismo porque sou pai de duas meninas. Elas me direcionam e me mostram diariamente quem quero ser lá na frente. Os meus sonhos profissionais, claro, pesam também, mas família é a coisa mais importante da minha vida. Então, prefiro ser um cara legal para minhas filhas antes de qualquer outra coisa”.
“A minha grande meta de vida é ser um bom pai.”
Bruno Gissoni
‘Falho por que isso é humano’
Assim como Gissoni e Luiz Fernando, Lázaro Ramos também é pai de duas crianças, Maria Antônia, de 7 anos, e João Vicente, de 11, fruto de seu casamento com Taís Araújo. Vivendo um pai meio relapso no cinema, na comédia “Papai é Pop”, o ator conta que, como qualquer novato na função, encontrou dificuldades e procura superá-las com os filhos.
“Eu sou um pai absolutamente presente, mas também falho porque isso é humano. Equilibrar a paternidade com os outros aspectos da vida é importante, mas não é fácil. Acho que a maior dificuldade que encontro é a de saber lidar com as minhas frustrações e meus medos. Não querer construir as histórias dos meus filhos com base nas minhas histórias, permitir que eles vivam suas próprias experiências.”
‘O sonho da minha vida’
Chay Suede cumpriu um papel familiar fundamental com o nascimento de sua primeira filha, Maria, no final de 2019, fruto de seu relacionamento com Laura Neiva. Ele ficou com ela enquanto a atriz enfrentava uma depressão pós-parto e encontrava dificuldades em criar um vínculo com a menina.
Dois anos depois, o caçula, José, chegou para ratificar o gosto de Chay pela paternidade. “Ser pai sempre foi o sonho da minha vida. Eu aprendo todos os dias com meus filhos, os observo e vejo como posso proporcionar o que eles precisam, mas não faço planos a longo prazo nem tenho medo de não saber o que fazer”, contou o ator à revista J.P.
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