Protagonista da mais recente cinebiografia de Marcel Marceau – “Resistance”, que estreou em apenas alguns cinemas selecionados dos Estados Unidos em março por causa da pandemia – Jesse Eisenberg afirmou durante um evento em que foi homenageado na última terça-feira que interpretar o lendário mímico francês morto em 2007 foi muito mais fácil do que assumir os papéis de Mark Zuckerberg e Lex Luthor, dois de seus personagens mais marcantes na telona (em “A Rede Social”, de 2010, e “Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça”, de 2016, respectivamente).
“Vamos ver, um é odiado pelos fãs de gibis [Luthor] e o outro é odiado por qualquer pessoa com uma conta na internet [Zuckerberg]. E tem esse outro [Marceau] que é adorado por todo mundo no planeta, e que também é o único dos três com o qual eu gostaria de ter uma conversa franca”, disse o ator de 37 anos durante a última edição do Voice of America, uma premiação anual que celebra 100 pessoas cujos trabalhos influenciou positivamente a vida de judeus.
No caso de Eisenberg, que também é judeu, foi justamente sua atuação como Marceau no elogiado filme de Jonathan Jakubowicz o que lhe rendeu a honraria. Pra quem não sabe, o artista francês atuou em segredo com soldados da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial para salvar várias crianças judias da morte que, não fossem por ele, teriam sido mortas pelos nazistas. (Por Anderson Antunes)