Envolvido em um processo no qual chegou a ser obrigado a revelar um de seus truques mais conhecidos, David Copperfield não vai ter que indenizar o turista que o acusava de danos materiais. Nesta terça-feira, um tribunal de Las Vegas decidiu que o ilusionista mais famoso e rico do mundo até foi negligente em relação ao drama do chef de cozinha britânico Gavin Cox, que o assistiu em 2013 em um cassino de lá e foi chamado ao palco por Copperfield para lhe auxiliar em seu desaparecimento diante da plateia.
O problema é Cox tropeçou momentos depois de sair de cena e acabou batendo a cabeça no chão. Diagnosticado com traumatismo craniano, ele foi submetido a duas cirurgias, no pescoço e no ombro, e sofre sequelas até hoje. Os advogados do chef, que já prestou serviços para a família real do Reino Unido, pediam na justiça que Copperfield reembolsasse seu cliente pelos gastos médicos que ele teve, que estimam em US$ 400 mil (R$ 1,49 milhão).
Os jurados do caso, no entanto, consideraram o pedido “exagerado” e decidiram que Cox é 100% responsável pelas próprias lesões, e se limitaram a sugerir que Copperfield tome mais cuidado no futuro. Pesou a favor do homem que já fez a Estátua da Liberdade sumir na frente das câmeras um dado revelado pelos defensores dele durante o julgamento: nos últimos 17 anos, mais de 55 mil voluntários fizeram as vezes de ajudantes do mágico, sendo que Cox foi o único que se deu mal. (Por Anderson Antunes)
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