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Vik Muniz

Por Michelle Licory

Glamurama foi conversar com Vik Muniz no Rio. Um dos assuntos? Próximos projetos, claro. “Está chegando o fim do ano e ainda tenho mais uma viagem para a Europa pra fazer. Tento compatibilizar um pouco de prazer com as viagens, mas a principio são todas a trabalho. E depois vou dar uma descansada, ficar com a família. 2015 nem começou e já estou com medo do que vai acontecer, de tanta coisa que tenho pra fazer. Difícil até listar. Ainda bem, né? Muita exposição, cada vez mais. Faço isso há 25 anos… Ano que vem serão duas em museus e três em galerias mundo afora. E estou envolvido em projetos públicos muito grandes, um em Dubai, outro em Nova York, em um estação de trem.”

“Caixeiro viajante”

“O que estou querendo realmente é mais tempo pra mim, pra minha família, ficar mais quieto. Mas isso está difícil ainda. Sou caixeiro viajante. E vou sozinho. Tenho filhos na escola, em dois países [de casamentos diferentes]. Esse vai e vem entre Brasil e Estados Unidos é importante até para essa manutenção, como pai, para eu estar sempre presente na criação de todos eles. Já me acostumei com essa rotina de criar [as obras de arte] aqui no Rio e produzi-las, executa-las em Nova York. Mas é um numero de viagens muito grande. Estou parando muito pouco no mesmo lugar e isso está atrapalhando até a coisa do ócio criativo, mas eu vou tirar ferias no começo do ano, ver o que acontece.”

Ambiente de testes

Sobre seu projeto social na comunidade carioca do Vidigal, ele contou: “A ideia é começar a botar pra funcionar a escola no segundo trimestre do ano que vem. Leva tempo. Quando comprei o terreno, me preocupei primeiro com o prédio, o hardware, pra depois poder escolher os parceiros, com quem quero trabalhar. Eu mesmo farei a arquitetura da programação do que vai acontecer ali. Ainda está muito embrionário. Será uma escola de arte e tecnologia para crianças locais de 5 a 8 anos, totalmente gratuita. Já fechamos parceria com o MIT [Massachusetts Institute of Technology] e com a Green School [holística e sustentável], de Bali. Será um consórcio de uma rede de educação criativa. Vamos testar programas que depois possam ser usados na rede pública porque vão ficar disponíveis na internet. Criaremos um contexto, uma conferência, um diálogo com o tipo de pedagogia que a gente está precisando nesse momento, no Brasil.”

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