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Jabuticabeira, pitangueira, samambaia e até trepadeira. Não importa a espécie, as plantas são protagonistas na vida de quatro personagens que, a seguir, dividem histórias por trás desses laços que chegam a durar décadas.

Por Fernanda Grilo para a Revista J.P de setembro
Fotos: Gui Morelli

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A designer Bruna Botti e uma de suas samambaias || Créditos: Gui Morelli/Revista J.P

DNA

A vida de Bruna Botti está totalmente ligada ao amor pelas plantas. Seu avô Lélio sempre cultivou samambaias, que hoje são cuidadas pela mãe. “Ela tem umas dez”, conta a designer de sapatos. E essa é uma das heranças que Bruna carrega – tanto que o apartamento onde mora nos Jardins, em São Paulo, tem a fachada coberta de verde e bastante espaço para as plantas. A samambaia não poderia faltar, claro! “Aprendi com ele a cuidar, pois são frágeis, precisam de atenção. É um pedacinho do meu avô aqui em casa”, explica. Bruna é quem põe a mão na terra. “Eu amo, é minha terapia. Rego, adubo, cuido, converso. Faço tudo.”

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Hideko Honma e sua jabuticabeira || Créditos: Gui Morelli/Revista J.P

ZERO ESTRESSE

É seguro afirmar que a jabuticabeira de Hideko Honma é mimada. A árvore fica no meio da grande mesa do estúdio da ceramista, em São Paulo, onde costuma receber amigos, familiares e clientes, além de promover pequenos eventos. “Temos uma relação afetiva. Sempre que vem muita gente aqui percebo que ela sente uma energia diferente, fica estressada. Então, para restabelecer, diluo 15 gotas de Rescue (florais de Bach) em 1 litro de água e borrifo em toda a árvore”, conta Hideko. A planta tem cinco anos e mora em um enorme vaso. Como o estúdio é fechado, a cada seis meses vai para um lugar aberto “tirar férias”, como a ceramista contou para a J.P. Em seu lugar fica outra espécie, a momiji, nativa do Japão. “É bom, pois quando volta está diferente, cresceu e parece nova.”

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Charlô Whately e a pitangueira de sua cobertura || Créditos: Gui Morelli/Revista J.P

UNHA E CUTÍCULA

Pergunte para Charlô Whately a importância das plantas na vida dele, a resposta será clara: “Não me vejo sem elas. Estão aqui há quase 30 anos”. O restaurateur mora em uma cobertura no bairro dos Jardins, em São Paulo, e sua varanda aberta – algo precioso na cidade – tem diversas espécies. O jardim atrai passarinhos, que adoram comer as frutas que brotam de sua pitangueira. Colocada em um cantinho, a árvore é o xodó de Charlô e segue forte, crescendo e dando frutos, mesmo com o passar do tempo. Mas o consumo das pitangas é só para os íntimos, entre eles, Chuchu e Chachá, seus dois simpáticos buldogues franceses.

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Isabelle Tuchband e a trepadeira de jade do jardim de sua casa || Créditos: Gui Morelli/Revista J.P

DAMA DE JADE

Isabelle Tuchband vive em uma espécie de sítio no meio do Jardim Europa, em São Paulo. Uma casa colorida e recheada de árvores e plantas, que guarda uma rara trepadeira jade com tonalidade azul e lilás, parecida com o estilo e a arte de Isabelle. Presente de uma amiga, a artista plástica chegou a acreditar que ela não vingaria em seu quintal, pois levou dois anos para florescer. Agora, já está na terceira florada. “O momento que sou mais feliz é quando estou no meu jardim, deitada na espreguiçadeira lendo, com elas em volta. A natureza é tão generosa, tem de cuidar”, suspira.

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