Aos 73 anos, Zezé Motta não para. São 50 anos de carreira em cima dos palcos, 14 discos, 35 novelas e mais de 40 filmes. Precisa de mais para provar por que ela é tão respeitada na cena cultural? Em maio, ela estreou um show para apresentar seu mais novo disco “O Samba Mandou Me Chamar”, projeto que ficou engavetado por quase dez anos.
Vem dar uma especiada na entrevista que ela concedeu para a revista J.P
Por Aline Vessoni
J.P: Como foi a estreia?
ZM: Foi emocionante, foi a realização de um sonho. O teatro estava lotado e fiquei muito nervosa também. É impressionante, não importa os anos de carreira, sempre dá aquele frio na barriga e só consigo me acalmar a partir da terceira ou quarta música.
J.P: E por que gravar um disco de sambas?
ZM: Quando me lancei como cantora, a Warner sugeriu que fizesse um trabalho só de samba. Mas fiquei com medo de ficar rotulada como sambista e tinham tantos compositores bons que queria gravar… Gil, Milton Nascimento, Caetano, Chico. Pensei que acabaria rotulada. Agora que já cantei todos os meus ídolos, começaram a me cobrar novamente.
J.P: Mesmo sem gostar de rótulos, podemos dizer que agora o samba é um ritmo que te representa?
ZM: Gosto de todo tipo de música que seja boa, mas o que mais interpretei foi música romântica. Na verdade, acho meu repertório bem eclético. Por exemplo, sou a cantora que mais gravou músicas do Luiz Melodia.
J.P: E por onde mais você vai fazer show?
ZM: Além do Brasil, há uma proposta de Lisboa, até porque fiz uma novela em Portugal no ano passado, Ouro Verde, e duas músicas desse disco entraram na trilha. Esse era outro sonho, o de ter uma música na trilha de uma novela.
- Neste artigo:
- revista jp,
- Zezé Motta,