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VIDA EM FAMÍLIA
O artista chinês Song Dong transportou para o MoMA os conteúdos da casa de sua mãe, literalmente. A instalação compreende 50 anos de material – objetos que ela guardou, sem descartar absolutamente nada, já que ela vivia sob o conceito wu qi yong ou “não desperdiçar”, uma forma de sobrevivência durante a Revolução Chinesa. O átrio do MoMA se transformou então numa paisagem surreal de xícaras, copos, cobertores, bonecas desmembradas, canetas, geladeira, cama e tudo aquilo que faz parte de uma casa, metodicamente arranjados pelo artista. Uma obra comovente e uma colaboração familiar que lida com a temporalidade de uma vida, com a passagem do tempo, com perda e permanência. Para ver o vídeo do making of clique aqui.
Waste Not, Projects 90: Song Dong: até 7 de setembro no Museu de Arte Moderna, MoMA.

Imagens da exposição Waste Not, de Song Dong
INOVADOR
O artista belga James Ensor (1860-1949) foi um inovador. Uma figura seminal na vanguarda européia do século 19 e um dos precursores do expressionismo do século 20. Um artista engajado político e socialmente, envolvido no debate das ideias modernistas da época: era obcecado por máscaras e esqueletos, pelo carnaval, por cenas fantásticas, pelo tema da dupla personalidade e pelo simbolismo religioso. Seu profundo interesse estava na luz, que utilizou de maneira inovativa e alegórica. Os 120 trabalhos em exposição no MoMA revelam um artista surpreendente, de enorme influencia para as gerações posteriores.
James Ensor: até 21 de setembro no Museu de Arte Moderna, MoMA.

Obras do belga James Ensor

AQUÁRIO
Um filme fortíssimo vem aí: “The Cove”, que ganhou o prêmio da audiência no último Festival de Sundance, lida com o massacre anual dos 23 mil golfinhos no Japão, mais precisamente na cidade de Taiji, em Wakayama – o centro da exportação de golfinhos para aquários e shows no mundo inteiro e de matança para utilização da carne. É um documentário com momentos de suspense, já que foi filmado secretamente com câmeras de alta definição camufladas em ninhos de pássaros e pedras, e microfones plantados debaixo d’água. “The Cove” tem como personagem principal Ric O’Barry, o famoso treinador do golfinho Flipper. O produtor executivo é Jim Clark, empresário de sucesso e fundador da Netscape. O filme também lida com as várias organizações de proteção da vida marinha, com o alto teor de mercúrio nos peixes e as conseqüências dessa substância nos humanos. Isso quer dizer, bye bye sushi….

 “The Cove”, do diretor Louie Psihoyos: matança de golfinhos

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