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Tour de force
São 750 quilos de especiarias, incluindo gengibre, cominho e cravo; 3 quilos de flores de lavanda e outros 3 quilos de flores de camomila; 182 quilos de areia, 35 quilos de arroz, 35 quilos de pedregulhos de rio, milhares de metros de tule de poliamida, centenas de quilos de bolinhas de isopor, entre outros materiais, que constituem a monumental instalação do artista brasileiro Ernesto Neto. Anthropodino, como é chamada,  tem 59m de comprimento, 37m de largura, 21m de altura e praticamente cobre a extensão do gigantesco hall do Armory, na Park Avenue, num momento de convergência única entre arte e arquitetura, magia e surpresa, admiração e pasmo. É o maior trabalho escultural de Neto. O artista consegue extrapolar o espaço físico intimidante do Armory dominando e , ao mesmo tempo, transformando as linhas rígidas do edifício num fluido harmonioso de formas orgânicas e sensuais. Toca-se , cheira-se, deita-se, anda-se por Anthropodino. Não existem limites, o artista está nos dizendo. A arte é viva, vivam a arte.
Ernesto Neto
Anthropodino
Wade Thompson Drill Hall
Park Avenue Armory,  Park Avenue com Rua 67
Até 14 de junho

A instalação de Ernesto Neto

Ícone
Há sempre uma mulher atrás de um grande homem, dizem os sábios. E, no mundo da moda, um grande modelo atrás de um costureiro. O papel da Musa no universo fashion é o de personificar o ideal de beleza, e o da fotografia de moda, de documentar as transformações na sociedade e nos costumes do momento –  essa relação recíproca é a premissa da exposição do Met. Mas, infelizmente, o que se vê no museu é uma foto atrás de outra, uma roupa e mais uma, sem que a profunda simbiose entre modelo e designer transpareça. A mostra é  uma carinhosa homenagem  às supermodelos (dos anos 1947-1997) – Linda, Naomi, Christy, Cindy – imediatamente identificadas pelo seu primeiro nome, e às pioneiras, Donyale Luna, Twiggy, Lisa de Fonssagrives, Lauren Hutton, Suzy Parker, Peggy Moffat, Verushka, Jean Shrimpton. Elas estão todas no Met, de uma forma ou de outra, adornando as paredes com sua graça e beleza, mas onde está o conteúdo? Não deixa de ser um prazer revisitar fotografias icônicas como Dovima com Elefante, de Richard Avedon, ou o filme radical de William Klein, “Quem tem medo de Polly Magoo”, grande inspiração dos anos 1960.
The Model as Muse: Embodying fashion
Até 9 de agosto
Metropolitan Museum of Art

Twiggy em foto que faz parte da exposição

Platão
Na majestosa mansão da rua 79, em pleno Upper East Side, em uma das partes mais chiques de Manhattan, ensina-se filosofia e as alegrias da vida. A escola que se chama School of Practical Philosophy é uma espécie de Casa do Saber com cursos sobre os transcendentalistas norte-americanos – como Ralph Waldo Emerson -, aulas de meditação e tópicos como felicidade, amor, liberdade e presença de espírito. Os segredos do universo, desse jeito, ficam até mais fáceis de serem compreendidos.
School of Practical Philosophy
12 East 79th Street

 

Hotelaria
Em poucos meses, o Standard se transformou no pouso mais descolado da ilha. A modernidade do edifício de 20 andares de Todd Schlemann, da Polshek Partneship Architects, agrada aos estetas – no arrojado vão livre sente-se a inspiração de Lina Bo Bardi – enquanto o profissionalismo do hotelier André Balazs provê um serviço e staff impecáveis. Além do mais, os preços acessíveis acomodam as duras penas da recessão. O terraço é um ótimo lugar para ver e ser visto no final de tarde. Atenção: as banheiras, que ficam bem no meio dos quartos, têm vista de 360º. Mas privacidade, nem tanto.
The Standard
848 Washington Street

Fachada do hotel The Standard

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