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Aos 25 anos, Vitor Thiré faz parte da quarta geração de atores de sua família. Ele é bisneto de Tônia Carrero, neto de Cecil Thiré e filho da também atriz Luísa Thiré. Com tantas inspirações, não é à toa que o DNA falou mais alto. “É incrível fazer parte dessa família. Desde pequeno tive a noção do quanto nossa profissão é feita de altos e baixos. Tem momentos maravilhosos, mas alguns são muito difíceis. A parte boa é que minha família sempre me deixou muito livre para seguir esse caminho. Comecei a amar esse mundo muito cedo, não tinha como fugir”, contou ele ao Glamurama. Aos 11 anos, Vitor subiu ao palco pela primeira vez, mas o primeiro trabalho profissional surgiu aos 14 anos com ‘Filhos do Carnaval’. Depois disso não parou mais, tanto na televisão como no teatro, onde já atuou em 30 peças. E sua maior influência não é um segredo: “Minha bisavó sempre foi uma fonte de inspiração e uma pessoa incrível. Ela gostava de ter todos os familiares reunidos sempre. É uma saudade muito grande”. A seguir, conheça mais sobre o ator carioca que está no ar em ‘Órfãos da Terra’, na pele do israelense Davi.

Você costuma dizer que nasceu para ser ator… E faz parte da quarta geração de artistas de sua família. Como é fazer parte de uma família com tantos atores?

É incrível! Desde pequeno tive a noção do quanto a nossa profissão é feita de altos e baixos. Tem momentos maravilhosos, mas alguns são muito difíceis. A parte boa é que minha família sempre me deixou muito livre para seguir esse caminho. Comecei a amar esse mundo muito cedo, não tinha como fugir.

Você nunca pensou em seguir outra profissão… um plano B?
Cheguei a pensar em outras profissões que poderia seguir, mas não passou de pensamento. Cogitei arquitetura. Também falei em cursar psicologia, e sinceramente isso é algo que gosto e penso em fazer até hoje. Quem sabe…

Em qual momento você realmente decidiu que se tornaria ator?
Aos 11 anos, quando subi pela primeira vez no tablado e percebi que tudo estava se encaminhando para dar certo. E depois aos 14, quando fiz ‘Filhos do Carnaval’. Esses dois momentos foram determinantes para a minha carreira e lembro deles com muito carinho.

Quem foi – e é – sua maior influência na carreira?
Na verdade, minha família inteira. Nós sempre trocamos muitas informações sobre a profissão, nos ajudamos. Então sempre que nos reunimos, o assunto é esse. Cresci nesse meio e aprendi muito desde pequeno. Um verdadeiro privilégio. Mas confesso que minha bisavó (Tônia Carrero) era e ainda é minha maior influência.

Como era a sua relação com ela?
Minha bisavó sempre foi uma fonte de inspiração e uma pessoa incrível. Ela gostava de ter todos os familiares reunidos sempre. É uma saudade muito grande. A nossa relação era ótima, de muita conversa e troca.

Ela dava conselhos sobre a carreira? Qual você leva para a vida?
Claro, muitos. Tanto ela como meu avô sempre conversaram muito comigo e me ensinaram demais. Os dois são uma grande inspiração. Mas os conselhos que ela me deu eu prefiro manter em segredo e levar comigo dessa maneira, são muito importantes pra mim.

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O que você lembra da época da série ‘Filhos do Carnaval’?
Foi uma época muito importante. Eu era bem jovem, tinha 14 anos, e minha mãe deixou claro que a minha ‘profissão’ era estudante. Então eu saía da escola e ia direto para as gravações. O convite para o teste aconteceu quando me viram no teatro. Eu costumo dizer que uma coisa leva a outra. E comecei com o pé direito. ‘Filhos do Carnaval’ teve uma ótima aceitação do público, fiquei muito feliz. Sem contar que contracenei com um elenco incrível!

E qual a sua relação com o teatro hoje em dia?
Amo o teatro. São mais de 30 peças ao longo desses anos de carreira. Não consigo ficar longe muito tempo. E por mais que esteja cada vez mais difícil, principalmente nesse momento, faço questão de fazer teatro. Este ano ganhei prêmio de ‘melhor ator coadjuvante’ com a peça ‘Vou Te Fazer Feliz Por Medo de Ficar Triste’. Foi mágico.

O seu personagem em ‘Liberdade, Liberdade’ ganhou bastante destaque. Como foi sua preparação para a trama de época?
Por ir ao ar às 23h permitia explorar melhor várias questões. A preparação foi intensa e acredito que é de extrema importância novelas de época que contam o que aconteceu no passado do nosso país. Na trama, atuei com Mateus Solano, de quem sou super fã, e com Sheron Menezes.

Agora você está no ar em ‘Órfãos da Terra’, interpretando um personagem que mudou muito após descobrir o amor. Acredita que o amor é transformador?
O Davi é um soldado israelense que resolveu se alistar por influência de seu avô, e ele não tinha boas intenções no Brasil, mas, ao mesmo tempo, não era uma pessoa ruim. O amor foi a cura dele e é maravilhoso ter a oportunidade de retratar isso.

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Como foi a preparação para ‘Órfãos da Terra’? Teve contato com refugiados para construir o personagem?
Sim, é importante dizer que o elenco da novela tem refugiados de fato. E eu acho incrível poder falar de uma temática atual e necessária como essa. ‘Órfãos da Terra’ é uma história que poderia se passar em qualquer lugar do mundo, porque não é só no Brasil que existem refugiados.

E você também está na série ‘Aruanas’, que estreou nessa semana na Globoplay. Qual o maior desafio de gravar na Amazônia?
Todo novo trabalho é um desafio. Nunca tinha viajado para a Amazônia, só tinha escutado falar sobre como era. Mas quando você está lá, entende como é preciso preservar a natureza. O desmatamento é algo realmente alarmante e a série tem esse foco de conscientizar. Temos que falar sobre essa situação.

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O que mais te impressionou?
Quando você chega à Amazônia percebe o quanto é pequeno perante a imensidão da natureza. E ao mesmo tempo que parece um sonho, é um pesadelo saber como o ser humano está acabando com isso. Esse contraste é muito impactante. As pessoas de lá também são incríveis, simpáticas.

Como você vê as decisões que o governo tem tomado em relação à preservação da fauna e flora brasileiras?
Temos que nos ligar nessas questões o quanto antes. Não são tempos fáceis, e mais do que nunca o brasileiro precisa valorizar a natureza e olhar para o que tem. Acredito que ‘Aruana’ veio para dar esse empurrãozinho, esse alerta necessário.

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