Criadora do longo que Michelle Obama escolheu para ser retratada por Amy Sherald em um quadro que foi incluído no mês passado na Galeria Nacional de Retratos do Smithsonian Institute, em Washington, a estilista americana Michelle Smith decidiu retirar o modelito de sua atual coleção. E o motivo é um só: a peça agora é tratada pela profissional simplesmente como “o vestido da senhora Obama”, e portanto não é digna de ser usada por nenhuma outra mulher.
Smith foi procurada pelo staff da xará no fim do ano passado, a fim de providenciar o figurino dela para o retrato oficial pintado por Sherald, uma tradição de décadas no país (o de Barack Obama, também colocado nas paredes do Smithsonian, ficou a cargo de Kehinde Wiley). A princípio ela achou que o modelito era “sexy” demais para a ocasião, e chegou a propor mudanças, mas a ex-primeira-dama dos Estados Unidos não quis mexer em nada.
Fundadora da grife MILLY, com sede em Nova York, Smith é formada pelo Fashion Institute of Technology e pagou pelos estudos na prestigiada faculdade de moda americana com o salário de estagiária em uma loja de marca de luxo de NY onde batia ponto na época. Acabou sendo contratada para trabalhar em Paris.
De volta aos EUA, ela fundou a MILLY em 2000, em sociedade com o marido, Andrew Oshrin, e ao longo dos anos foi conquistando uma clientela fiel, que hoje em dia inclui Beyoncé Knowles, Gwyneth Paltrow e Kate Middleton. A marca tem loja própria na Madison Avenue e também vende suas roupas e acessórios em multimarcas mundo afora. A história dela é, basicamente, o típico sonho americano, que certamente foi o que chamou a atenção da “senhora Obama”. (Por Anderson Antunes)