Lembra que em dezembro Glamurama falou sobre o lançamento do livro "House of Versace: The Untold Story of Genius, Murder and Survival", escrito pela jornalista Deborah Ball? Agora a gente volta a falar do assunto, que continua sendo um dos mais quentes entre os fashionistas. E, desta vez, com mais detalhes.
* Deborah, que é a correspondente do "Wall Street" Journal em Milão, entrevistou mais de 220 personalidades para a obra, inclusive alguns membros da família Versace, que, pela primeira vez, aceitaram colaborar com um livro sobre eles. O resultado é um verdadeiro dossiê sobre um dos mais interessantes e surpreendentes clãs da Itália. Eis algumas revelações:
* Sobre Claudia Schiffer – De acordo com o assistente pessoal de Gianni Versace, Angelo Azzena, o sucesso da supermodel alemã é resultado da teimosia do estilista. "Ela era um patinho feio, não sabia nem andar. Precisávamos dar sapatos sem salto para ela, caso contrário ela caía sozinha. Mas o Gianni não se importava, e queria ela sempre. O resultado foi que, por causa dele, Claudia apareceu na capa da ‘Vogue’ norte-americana".
* Sobre Giorgio Armani – No início dos anos 1980, a guerra de egos entre os Armani e os Versace era mais do que visível. Alguns chegavam a dizer que, enquanto o primeiro vestia as esposas, o segundo vestia as amantes. Obcecado por controle, Giorgio chegou a incluir uma cláusula no contrato de seus funcionários que os proibia de assistir a desfiles do concorrente, sob pena de multa. Segundo Deborah, Gianni morreu considerando Giorgio seu grande rival.
* Sobre Donatella Versace – As constantes mudanças de penteado da então sombra de Giorgio Armani fizeram com que ela quase perdesse os cabelos. Resultado: para compensar isso, Donatella contratou um cabeleireiro de Nova York especializado em extensões, e o visitava a cada seis semanas. O preço de tamanha vaidade? US$ 150 mil por ano.
* Sobre Anna Wintour – Famosa pelo temperamento forte, porém frio, a editora-chefe da “Vogue” norte-americana não conteve as lágrimas no velório de Gianni Versace, segundo Deborah. O estilista costumava enviar vários faxes para Anna, com comentários sobre as matérias da “Vogue”. Ela o adorava.
* Sobre Karl Lagerfeld e Tom Ford – Após a trágica morte de Gianni Versace, Donatella e Santo Versace consideraram a hipótese de contratar o kaiser como o novo diretor-criativo da Versace. Eles desistiram da ideia, e o posto acabou ficando com Donatella. Já Tom Ford e o sócio, Domenico De Sole, tentaram convencer Gianni a juntar forças com a Gucci, no fim dos anos 1990. Gianni não gostou da ideia, que limitaria os poderes dele. Anos mais tarde, quando saiu da Gucci, Ford flertou com os Versace novamente, se oferecendo para assumir inclusive as dívidas da empresa. A única condição dele era que Donatella deveria ser demitida, o que, evidentemente, ela impediu. Os dois não se falam até hoje.
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