Desde que começou a pandemia da Covid-19, líderes mundiais precisaram arregaçar as mangas e tentar as melhores soluções para minimizar as perdas que a doença causaria. Alguns se destacaram pela agilidade, cuidado e preocupação e se tornaram exemplo de como lidar com uma situação tão peculiar. Conheça os cinco primeiros.
Angela Merkel
A primeira-ministra da Alemanha já foi colocada por alguns como a “campeã” entre os líderes mundiais quando o assunto é o coronavírus. Além de encarar a doença com a gravidade que a pauta merecia desde o início, Merkel também se destacou na testagem, rastreamento e isolamento de sua população. Mesmo sendo sempre fria e técnica, o pronunciamento televisivo feito por ela mostrou muita empatia e conseguiu alcançar o coração dos alemães. “Desde a Segunda Guerra Mundial, não houve um desafio para o nosso país que dependia tanto da nossa solidariedade comum”, afirmou. Parece que o discurso foi bem aceito pela população. De acordo com o Infratest Dimap, 72% das pessoas ouvidas pela pesquisa estava satisfeita com o gerenciamento.
Katrín Jakobsdóttir
A primeira-ministra da Islândia se destacou no combate à doença por ter apostado, logo de cara, em testar a população com ou sem sintomas de forma massiva e gratuita. Além disso, a governante colocou em prática um sistema completo de rastreamento de casos, permitindo que não fosse necessário o isolamento ou fechamento de escolas. Mesmo com uma população pequena, com pouco mais de 350 mil habitantes, o país proibiu reunião com 20 pessoas ou mais já em janeiro, antes do primeiro registro de caso da doença no local. Com as medidas, o país registrou apenas 10 mortes até esta sexta-feira (28).
Jacinda Ardern
A primeira-ministra da Nova Zelândia chamou a atenção no combate à doença por ter tomado medidas rígidas logo no começo da pandemia. Jacinda também impôs o isolamento de pessoas que entraram no país quando tinham apenas seis casos registrados, proibindo a entrada de estrangeiros logo em seguida. Ela chegou até a ser criticada pelas medidas radicais, mas as ações surtiram efeito positivo. Até esta sexta-feira, somente 22 mortes ocorreram no país. O trabalho da primeira-ministra nesse sentido recebeu reconhecimento local e internacional. A revista norte-americana The Atlantic disse que ela foi “a líder mais eficaz do planeta” no combate à doença. Já o Financial Times a chamou de “Santa Jacinda”. Pesquisa realizada pela Colmar Brunton apontou que 88% da população do país afirmou que o governo tomou as decisões certas para barrar a disseminação da Covid-19 e 83% disse acreditar na gestão dela para lidar com a situação.
Moon Jae-in
O presidente da Coreia do Sul foi tão bem na gestão da crise que acabou eleito pelo Partido Democrata em pleito que aconteceu em abril deste ano. Mas o sucesso de sua empreitada se deve à estrutura de liderança e comunicação e à grande união interna de seu governo. O país se tornou exemplo no combate à doença com testes feitos aos montes, rastreamento em massa de infectados e a colaboração da população, que seguiu as orientações das autoridades e cumpriu todos os métodos contra a disseminação do coronavírus.
Kyriakos Mitsotakis
O primeiro-ministro da Grécia preferiu passar pela crise seguindo os conselhos de sua equipe de cientistas e adotando logo cedo as medidas de isolamento social. Antes mesmo de registrar sua primeira morte, o país colocou o distanciamento em prática. Além de fazer com que o uso de máscara fosse obrigatório, o país também cancelou todos os eventos públicos antes mesmo do primeiro caso confirmado no país. Foram suspensas as aulas escolares e das universidades e, na sequência, bares e restaurantes seguiram a mesma obrigação. (Giorgia Cavicchioli)
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