Upcycling, moda circular, slow fashion, second-hand, greenwashing… Com certeza você já deve ter se deparado com algum desses termos por aí. Eles fazem parte da nova era da moda, que busca um consumo fashion cheio de estilo, porém menos agressivo ao meio ambiente. Afinal – importante lembrar -, inúmeras pesquisas já deram à indústria da moda o segundo lugar no pódio das que mais poluentes do mundo, sem falar nas tantas outras problemáticas envolvidas, como a cultura das fast fashion, as baixas remunerações e as péssimas condições de trabalho quase análogas à escravidão em alguns lugares do planeta.
Fato é que todo mundo ama um guarda-roupa cheio de peças lindas para chamar de seu. Mas, tão importante quanto arrasar no look do dia é entender o impacto dele no meio ambiente. A seguir, Glamurama explica o que cada um desses termos acima significa e ajuda a revolucionar, de uma vez por todas, o seu armário sem precisar se desfazer de nada. Bem-vindos à nova era de estilo do bem.
MODA SUSTENTÁVEL
Também chamada de “eco fashion”, a moda sustentável é uma abordagem que busca projetar, fabricar e consumir roupas garantindo o mínimo ou nenhum impacto ambiental ao planeta. Entre as maiores preocupações está o esgotamento dos recursos naturais não renováveis, por isso marcas que têm esse apelo optam pelo uso de corantes naturais, para evitar a poluição dos oceanos e lençóis freáticos, tecidos eco-friendly, que contam com fibras orgânicas, ou seja, menos água e produtos químicos na produção, e a reutilização de tecidos ou de outros materiais usados e descartados para a confecção de novas peças.
UPCYCLING
O upcycling definitivamente não é uma prática nova. Aliás, é muito antiga e bem comum quando a economia não anda bem das pernas… No entanto, nos últimos anos, o termo tem ganhado novo fôlego – muito graças às pautas sustentáveis e a preocupação ambiental crescente, é claro. No português, ele pode ser traduzido para “reforma” ou “reutilização” e na moda surge como uma solução que está começando a ser desenvolvida por pequenos artesãos e marcas autorais, estimulando os consumidores a não comprar nada além do necessário e usar a mesma peça por vários anos, mas não com a mesma cara. O upcycling caminha lado a lado com outros movimentos de sustentabilidade na moda e pode ser feito em casa mesmo. Basta resgatar do fundo do armário aquela peça que você não usa mais, separar uma tesoura e retalhos de tecido e abusar da criatividade. Um vestido antigo pode virar uma saia nova e uma calça um shorts. Se joga!
MODA CIRCULAR
A moda circular vem da mesma linha de pensamento da economia circular. Como o nome já entrega, ela pensa em todo o ciclo de vida de um produto, desde o design da peça até o final de sua vida útil, quando normalmente acaba sendo descartada. Por isso, ela questiona a maneira como as roupas são feitas, usadas e, se tudo der certo no processo, reutilizadas. Além disso, a moda circular procura manter a peça final e sua matéria prima em constante uso, descartando somente quando necessário e de uma forma que se regenere naturalmente no meio ambiente. Ficou complicado? É mais fácil do que parece. Sabe quando você pega emprestado com uma amiga ou prima aquele vestido que tá encalhado no guarda-roupa dela? Pronto! Você está fazendo a moda circular, dando um novo “fim” para uma peça que provavelmente acabaria no lixo.
SLOW FASHION
É o oposto do já famoso e, infelizmente, consolidado fast fashion. São peças produzidas em uma escala muito menor, quase artesanal, e com calma, respeitando o tempo natural das matérias-primas. Além disso, é uma técnica que preza muito pela qualidade das peças para que elas sejam utilizadas por bons e longos anos, ao contrário das roupas vendidas em lojas de departamento que, segundo pesquisas, são usadas apenas 5 vezes antes de serem passadas para a frente. Sendo assim, a moda slow promove um consumo mais lento e, por consequência, mais consciente.
SECOND-HAND
Esse é fácil! É o famoso “passou do irmão mais velho pro mais novo” que todo lar brasileiro conhece bem. O second-hand, segunda mão em tradução livre, são aquelas roupas que já foram usadas, já tiveram um dono anterior, e que foram doadas ou revendidas. Graças aos brechós e bazares, é uma das opções de moda mais sustentáveis e acessíveis que existe, já que ao invés de comprar algo novo, causando todo um impacto ambiental do zero, você adquire algo que já existe, atualizando o guarda-roupa e deixando o meio ambiente intacto. Ah, o custo benefício é ótimo. Fica a dica!
GREENWASHING
Aqui é pra ficar de olho, hein… Para surfar na “onda verde” da sustentabilidade, algumas marcas passam a impressão de que seus produtos, ideais e bandeiras são mais éticos e sustentáveis do que de fato são. A prática é, infelizmente, mais comum do que parece e é uma preocupação cada vez mais crescente dos consumidores, já que diversas empresas tentam se beneficiar da procura por roupas ecológicas e sustentáveis no mercado. Por isso, é importante sempre buscar por marcas com processos transparentes.
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