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Tatá Werneck na pré-estreia do longa “Uma Quase Dupla”, em São Paulo || Créditos: Glamurama

Grande noite para Tatá Werneck e Cauã Reymond. Os atores marcam presença na première paulistana de “Uma Quase Dupla”, o primeiro projeto artístico juntos, que estreia nos cinemas de todo o país no dia 17 de julho. No longa, dirigido por Daniel Furlan, Tatá interpreta a experiente investigadora Keyla, que sai do Rio de Janeiro e vai para a pequena cidade de Joinlândia ajudar o pacato subdelegado Claudio (Cauã Reymond) a desvendar uma série de assassinatos. Acontece que a diferença de ritmo e a falta de química dos dois só atrapalhará a solução dos casos.

Glamurama aproveitou para bater um papo com Tatá, que chegou se desculpando pelo atraso de 10 minutinhos. “Tive um problema com o look”, explicou ela, e que foi muito bem resolvido, diga-se de passagem. Ela surgiu com t-shirtcom estampa do E.T., calça preta justinha e scarpin bem alto, como de costume, para “disfarçar” seus 1,52 m. Tatá teve que levantar as 4h da manhã para atender a concorrida agenda de compromissos do dia e, mesmo assim, estava super bem humorada, as usual. Conversamos sobre a experiência de contracenar com o galã, os não preparativos para seu casamento com Rafa Vitti, cuidados com a saúde, “Lady Night” – projeto que define como o mais importante de sua vida – e muito mais… Tudo com humor, intensidade, inteligência e muita ironia, marcas registradas da estrela.

Tatá Werneck e Cauã Reymond como Keyla e Claudio em “Uma Quase Dupla” || Créditos: Reprodução

Glamurama: O que te fez aceitar o papel em “Uma Quase dupla”? 
Tatá Werneck: “Eu e Cauã [Reymond] já estávamos querendo fazer algo juntos. Eu queria um filho, ele preferiu o filme, e aí pensamos qual seria a história. Sempre quis fazer um longa policial e de super-herói, então a equipe começou a desenvolver o roteiro. Ficamos muito felizes por ter conseguido finalizar esse trabalho, já que logo no início das filmagens fiquei muito mal e no caminho para o estúdio resolvi dar uma parada no hospital. Lá descobri que estava com infecção generalizada e se não tivesse procurado ajuda poderia morrer em dez dias. Foi uma grande confusão, mas deu tudo certo.”

Glamurama: Depois desse susto, passou a se cuidar mais? 
Tatá Werneck: “Esse filme foi um grande aprendizado. Eu amo muito trabalhar, vou emendando uma coisa na outra e nunca descanso. Já cheguei a trabalhar por seis anos sem pausa. A gente tende a achar que a saúde é uma benção, mas na verdade é um cuidado diário e preventivo. A partir dessa infecção passei a ter pelo menos uma semana de férias entre uma produção e outra. É um cuidado que preciso ter. Também comecei a fazer check-up a cada seis meses.”

Glamurama: E aí, como foi contracenar com o Cauã?
Tatá Werneck: “Foi muito legal porque o Cauã não fazia comédia há muito tempo e ele é muito bom. Fez ‘Da Cor do Pecado’ (novela de 2004) e foi o maior sucesso na época, mas sempre é escalado para papéis mais dramáticos. Ficamos nervosos, pois somos de escolas diferentes. Cauã pode repetir 20 takes que todos vão sair iguais, já eu posso fazer 20 takes que todos sairão diferentes. Depois de contracenar com ele aprendi a me posicionar para a câmera de maneira muito melhor. Nas gravações de ‘Deus Salve o Rei’, por exemplo, os diretores têm comentado ‘nossa, Tatá, como você amadureceu!’, e eu respondo ‘foi a escola Cauã!’ Ele trabalha há muito mais tempo com TV e faz mais cinema do que eu, então foi me ensinando e também aprendendo comigo para não se manter tão rígido e reagir conforme o que for acontecendo. Ele sempre me perguntava: ‘como faço essa piada?’ E eu dava uns toques. Aprendemos muito um com o outro.”

Glamurama: Tem mais algum galã com quem gostaria de trabalhar?
Tatá Werneck:
 “Bom, meu estilo de homem é um pouco diferente. O Cauã, por exemplo, tem uma beleza universal. Sempre achei ele um homem lindo, maravilhoso, mas que não fazia meu estilo até que entrei no camarim e pensei: ‘É meu estilo sim, vai para o meu quarto!’ Daniel Furlan é um galã pra mim, por exemplo. Tem um senso de humor que adoro. Wagner Moura também.”

Cauã Reymond e Tatá Werneck como Claudio e Keyla em “Uma Quase Dupla” || Créditos: Reprodução

Glamurama: Você tem algo da Keyla? Costuma investigar os fatos a fundo, tipo stalker?
Tatá Werneck: “Stalker não, mas sou investigativa. Se você deixar seu celular aqui nesta sala, mesmo sabendo que não posso mexer, vou ficar com vontade. Descubro senha, tenho esse lado investigativo, mas fico na minha. Keyla é difícil porque tive que achar carisma em uma personagem chata, acho que não tenho nada dela… Não sou corajosa e não sou pró-ativa, sou uma sedentária convicta. Acordo cedo para os compromissos profissionais, mas meus trabalhos são mais mentais.”

Glamurama: Durante as gravações do longa aconteceu algo inusitado?
Tatá Werneck: “Como sai do CTI e fui direto para as gravações do filme, a equipe cuidou muito de mim. Cauã me mandava flores no hospital e depois cuidou de mim lá. Com isso, os laços de amizade foram fortalecidos nos bastidores. Outro momento que marcou foi a cena do beijo com ele quando pensei: ‘ai meu Deus, vou beijar o Cauã e fingir que nada está acontecendo’, e também a cena em que levo um tiro, quando a equipe de produção colocou uma pólvora no meu braço que, se eu encostasse nela, poderia perder o dedo. Quase urinei nas calças com isso… Mas no geral o clima era de diversão.”

Glamurama: Como estão os preparativos para o casamento com Rafa?
Tatá Werneck:
“Acho isso maravilhoso: marcaram uma cerimônia para mim em setembro e não me chamaram. Não tenho nem roupa. O Rafa [Vitti] me pediu em casamento, mas tem mais um tempinho até acontecer. Estou tomada de trabalhos até o ano que vem – graças a Deus – então não teria como preparar uma festa agora. Tenho mais pressa para engravidar e mesmo assim posso esperar uns três anos ainda. Quero oficializar nossa união para ter minha família, mas quando acontecer não será tradicional. Quero o Sérgio Mallandro em um cavalo branco invadindo a festa – alguém tem algo contra isso? Aliás, não era para o Rafa saber disso… Quero que seja mais um grande evento de diversão do que propriamente um casamento, bem a minha cara. ”

Glamurama: Pretende se casar na igreja?
Tatá Werneck: “Sim, sou muito religiosa, mas não me imagino entrando seríssima em uma igreja. Quero uma cerimônia que não seja convencional.”

Glamurama: Quais são seus projetos futuros?
Tatá Werneck: “Terminando as gravações da novela começo a escrever a próxima temporada de ‘Lady Night’. Gravo o programa entre setembro e outubro e, na sequência, vou fazer um programa de dramaturgia na Globo. Em janeiro, gravo com o Paulo Gustavo para o Multishow, depois um filme com a Ingrid Guimarães e aí outra temporada de ‘Lady Night’.”

Glamurama: Está animada para nova temporada do Lady Night? O que vem de novo?
Tatá Werneck: “Já temos vários convidados em vista. Angélica confirmou e Caetano [Veloso], que ia na temporada passada mas não deu, deve ir nesta. Fico muito feliz porque várias pessoas me procuram para participar.
O ‘Lady Night’ é o grande projeto da minha vida, o que eu mais amo fazer, com todo respeito a tudo que tenho feito.”

Glamurama: E você está acompanhando a Copa? Se o Brasil for para a final como pretende comemorar?
Tatá Werneck:
“Estou animadíssima. Temos assistido todos os jogos da Copa em casa e se a novela me liberar vamos fazer festa sim. Amo Copa do Mundo.”

Glamurama: Já que o assunto é esse, quem você considera o gato desta Copa? 
Tatá Werneck: “Acho o Alisson bem interessante, com todo respeito, e também gosto do Gabriel Jesus. Ele não é uma graça? Ah! E aqueles outros que a gente não sabe nem pronunciar o nome…” (Por Julia Moura)

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