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Por Michelle Licory

Glamurama foi almoçar com o chinês Philip Chiang essa quarta-feira no recém-inaugurado P.F. Chang’s carioca [no Casa Shopping], o primeiro da rede no Brasil – a partir do dia 13 inaugura a filial de São Paulo. Muito simpático, ele fez questão de explicar todos os detalhes do cardápio e dar dicas do tipo: “Enrole o rolinho primavera na folha de alface, que ela diminui o ‘efeito’ da pimenta.”

O segredo

* A cadeia tem mais de 200 restaurantes. “E nunca fechamos nenhum. Pelo menos, não me avisaram”, brinca. “E olha que é um negócio muito difícil.” O segredo do sucesso? “Não somos ‘fancy’, da moda, ‘tch-tch-tch’ [faz careta]. Moda vai e vem. Nossos pratos são atemporais, e ficam na memória. Cresci no Japão, e lá a comida é simples. Na China tem mais molho, mais óleo. Meu gosto vem do Japão. Queria oferecer uma comida chinesa, mas descomplicada, casual, do dia a dia, saudável, com menos óleo, menos sódio. Não usamos glutamato monossódico. Acho que a comida simples é universal. Nosso Top 10 do cardápio – o que mais sai – é igual em todas as nossas unidades pelo mundo. A textura é muito importante pra gente, então não cozinhamos nada até a morte. Começamos no Arizona e na Califórnia, onde as pessoas são mais preocupadas com alimentação. E temos muitas opções de comida vegetariana livre de glúten.”

Vida longa

* “A decoração muda de lugar pra lugar, mas não usamos dragões, vermelho, esses itens tradicionais de restaurantes chineses. O que tem sempre é a figura do guerreiro, os murais e a estátua do cavalo na porta .” E a aula continua: “O chinês tem o hábito de compartilhar a comida na mesa. E não tem colher de servir, não. Cada um vai pegando com seu chopsticks [os do restaurante vieram dos Estados Unidos]. Se for muito educado, você apenas usa uma ponta para servir e a outra para levar o alimento à boca.” Outra: “Você tem que comer noodle no dia do seu aniversário. A massa comprida significa vida longa. Os chineses são muito simbólicos com a refeição.” Chiang fez todo mundo da mesa tentar adivinhar a idade dele – e todos erraram, para menos, claro. “Vou fazer 67 em janeiro”, contou orgulhoso no final. “Olha só a foto da minha mãe. Ela tem 95. Meus genes são ótimos.”

Um chinês no Rio

* O empresário confessa que hoje sua maior paixão são as telas que pinta a óleo – e que não gosta de vender. No entanto, quer expandir mais no Brasil. “Primeiro, vamos ver se nos damos bem com esses dois restaurantes, mas a Cidade do México, que tem mais ou menos o tamanho de São Paulo, tem seis ou sete filiais, então o mesmo pode acontecer por aqui.” Por fim, ele contou suas aventuras pelo Rio. “Estou encantado. Tinha aquela ideia bem turística do que é Copacabana, Ipanema. Fui ao Pão de Açúcar e vi outras praias menores lá de cima. Nem sabia que existiam. Adorei Santa Teresa, que parece Montmartre. Essa coisa de vocês terem uma floresta urbana é incrível. Até o centro da cidade é encantador. Adorei a Catedral Metropolitana.” Volte sempre!

 

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