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MOUNTAIN VIEW, CALIFORNIA – NOVEMBER 03: A guest and Eric Yuan (R) attend the 2020 Breakthrough Prize Red Carpet at NASA Ames Research Center on November 03, 2019 in Mountain View, California. (Photo by Ian Tuttle/Getty Images for Breakthrough Prize )
Eric Yuan e sua mulher // Getty Images

Um certo app tem sido usado mais do que nunca nas últimas semanas por conta da quarentena do coronavírus. Seja no trabalho, seja para reunir os amigos para um happy hour virtual, o aplicativo da vez é o Zoom Meetings. Na verdade, é um programa de videochamadas que permite reuniões de até 500 pessoas simultâneas (na versão Pro) e até 100 na versão gratuita.

As ações da empresa subiram 20% só nesta última semana e chegaram ao valor de mercado de quase R$ 200 bilhões. O Zoom não divulga o número de usuários e garante que está trabalhando para proteger a privacidade de todos, em meio a rumores sobre quebra de sigilo de dados e ação de hackers. A equipe de relações-públicas da empresa afirmou ao portal de tecnologia Business Insider que “quanto mais pessoas usam a tecnologia, mais ela fica suscetível a hackers, infelizmente. Mas trabalhamos sério para manter a privacidade de nossos assinantes”.

O surgimento do Zoom tem uma história romântica por trás. O unicórnio – termo usado para nomear startups com preço de mercado de mais de US$ 1 bilhão (a empresa já vale quase 40 vezes mais que isso) – foi criado em 2011 pelo chinês naturalizado americano Eric Yuan. O empresário de 49 anos decidiu emigrar aos Estados Unidos nos anos 1990 para trabalhar na área de tecnologia: “Queria trabalhar com internet, pois sabia que era o futuro”, disse em entrevista. “Na China, essa área ainda engatinhava, mas, aqui, não”. Foi assim que, em 1997, Eric chegou ao Vale do Silício.

Ele tinha 27 anos e não falava uma palavra de inglês, mas havia se especializado em código de computadores. E foi assim que se juntou à equipe da WebEx, empresa de softwares de videoconferência. Uma década depois, a WebEx foi vendida à Cisco, e Eric se tornou vice-presidente da empresa de tecnologia.

“Todos os dias, quando acordava, não estava contente. Chegou um ponto em que não queria nem mais levantar para ir ao escritório”, lembra Eric que pediu demissão e fundou a Zoom.

Ao portal Medium, ele revelou que a empresa é a realização de um sonho. “Estava em meu primeiro ano de faculdade na China, e tinha que pegar um trem por 10 horas para visitar minha namorada, que morava longe”, conta. “Detestava essas viagens e ficava quebrando a cabeça para pensar em outras maneiras de vê-la sem precisar entrar em um trem. No fim, isso foi a semente do Zoom”. E essa história teve final feliz: não só a empresa se tornou uma das mais valiosas em tempos de coronavírus, como Eric se casou com a então namorada, e hoje vivem juntos na Califórnia.

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