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Donald Trump: maus lençóis || Créditos: Getty Images

Depois de criticar os imigrantes mexicanos durante o discurso de anúncio da sua candidatura à presidência dos Estados Unidos em 2016, Donald Trump está sentindo o peso das suas palavras. Um comitê do México decidiu fazer um boicote ao concurso Miss Universo, evento do qual o empresário é dono, e não enviar a sua representante à competição.

A decisão do comitê mexicano não foi uma exceção: desde que declarou que os mexicanos “levam drogas, crimes e estupradores para os Estados Unidos”, propondo também a construção de um muro ao longo da fronteira entre os dois países, diversas emissoras de televisão relacionadas ao concurso anunciaram o fim de relações empresariais com Trump. Foi o caso da Televisa, o maior conglomerado de meios de comunicação do México – a empresa disse ter recebido “com incredulidade as declarações do senhor Trump, que ofendeu a população de imigrantes latino-americanos e, particularmente, os mexicanos” e  que “não está indiferente a essas declarações e rejeita energicamente toda forma de discriminação, racismo e xenofobia”. Outra emissora latina que também rompeu relações comerciais com a Trump Organization foi a Univision, que também não irá transmitir o concurso de Miss Universo.

Nessa segunda, a emissora americana NBC já havia divulgado que rompeu todos os vínculos contratuais com Donald Trump: o canal deixará de transmitir os concursos Miss EUA e Miss Universo e foi demitido reality show “The Apprentice” (“O Aprendiz”), do qual era apresentador desde 2004. No comunicado, a empresa diz que “devido às afirmações depreciativas sobre os imigrantes realizadas por Donald Trump recentemente, a NBC Universal encerra sua relação comercial com ele”, e acrescenta que “o respeito e a dignidade de todas as pessoas são pilares básicos de nossos valores”.

Apesar da quebra desses contratos, o empresário mantém a sua postura sobre o seu discurso contra os imigrantes. “Se a NBC é tão fraca e tão ingênua a ponto de não entender o grave problema da imigração ilegal nos Estados Unidos, assim como os acordos comerciais injustos e terríveis que estamos fazendo com o México, então a violação por quebra de contrato do Miss Universo/Miss EUA será decidida em tribunal”, disse o empresário ao jornal “Washington Post”. Ele ainda afirmou que “ama o povo mexicano, mas a sua lealdade está com os Estados Unidos”.

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