Pela terceira vez em apenas 10 dias, a campanha de Donald Trump à reeleição processou uma grande empresa de mídia por difamação. O alvo dessa vez é a “CNN”, com a qual o presidente dos Estados Unidos tem uma relação conturbada desde os tempos em que era apenas um grande nome do showbiz. Já a acusação tem a ver com um artigo de opinião publicado no site da rede de televisão em junho do ano passado, assinado pelo senador Larry Noble e no qual o político insinua que Trump cometeu crime de responsabilidade ao supostamente pedir a ajuda dos russos para permanecer por mais quatro anos na Casa Branca. Assim como o atual chefe do executivo americano, Noble é membro do Partido Republicano americano.
Recentemente, assessores de campanha de Trump também processaram o “The Washington Post” e o “The New York Times” por alegações não muito diferentes das atribuídas à “CNN”, sempre as classificando como “fake news”. Dificilmente, no entanto, eles terão sucesso nessas batalhas judiciais, já que a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante o direito à liberdade de expressão, é praticamente inviolável. Mas é algo que serve para atiçar ainda mais os ânimos tanto dos eleitores de Trump quanto dos opositores dele. E mais um indicativo de que a corrida presidencial americana desse ano será realmente um “vale-tudo” como poucas vezes antes se viu. Salve-se quem puder! (Por Anderson Antunes)
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