O fim do domingo foi de tristeza profunda para o Brasil. Por volta das 19h30 um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, umas das construções mais importantes para a história do país e que tinha em seu acervo mais de 20 milhões de itens, entre peças e documentos históricos. Rapidamente as manifestações de tristeza e indignação apareceram nas redes sociais. A classe artística também se manifestou com opiniões diversas sobre o ocorrido. A tristeza foi uma delas. Maitê Proença, postou a placa que havia na entrada do museu e legendou: “Na entrada do Museu Nacional. Desolação!” Andreia Horta se manifestou: “Estar diante do irreversível. O que a tragédia é. A História, essa palavra imensa. História. O fogo, aquele. O fogo violento. O fogo que destrói. Em mim o fogo, esse, da revolta. Brasil sou eu. Você é o Brasil. Brasil somos nós juntos aí nessa foto. Olha bem.” A chef Roberta Sudbrack usou um poema do escritor Albert Camus para mostrar seus sentimentos: “Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva.”
Muitos deles mostraram a indignação com o fato, já que há tempos eram solicitadas reformas e verbas para a manutenção e investimento em segurança para o local. Caetano Veloso escreveu: “Manifestamos nosso luto e solidariedade pela tragédia do Museu Nacional. Esse episódio precisa gerar um salto de consciência em toda a sociedade pelo fim do descaso com a preservação da arte e da cultura no Brasil. Muitos equipamentos e instituições públicas correm o mesmo risco . Não podemos permitir a destruição do nosso Patrimônio histórico. ” Regina Casé também se manifestou: “Horror! A mais triste metáfora do que hoje é o Rio de Janeiro … Do valor que tem hoje a Cultura no Brasil…. Que coisa mais triste e revoltante…”
Felipe Hirsch, diretor de teatro e cinema, foi outro que opinou: “O Brasil está queimando. O Brasil está se apagando. Do Brasil só vai restar brasa.”
Na galeria, a gente mostra quem se expressou em relação ao ocorrido.
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Museu Nacional
O palacete imperial onde está localizado o Museu Nacional foi fundado em 1818 por dom João 6º e, em junho, completou 200 anos. O prédio histórico foi também o lar de dom Pedro 1º, local onde foi assinada a Independência do país. O acervo riquíssimo tinha mais de 20 milhões de itens com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica, já que o perfil do local era acadêmico e científico. Entre os destaques, o crânio de Luiza, a mulher mais antigas das Américas, coleção de múmias egípcias, vasos gregos e mais.
Há quatro anos o museu não recebia a verba anual de R$520 mil para a manutenção do local e estava com a conservação precária.
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