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O olhar atento para fotografar um animal em seu momento mais sagaz. O olhar perspicaz para perceber as suaves nuances das cidades. O olhar que, por meio das lentes, captura um segundo e o torna um fato histórico. As lentes que captam a intangível luz e as transformam em arte. A fotografia é assim. Desde 19 de agosto de 1839 quando a Academia Francesa de Ciências anunciou para o mundo a nova invenção é por meio do olhar aguçado de profissionais que histórias são contadas, afinal, como disse o filósofo chinês Confúcio: “uma imagem vale mais que mil palavras”. Aqui, celebramos o Dia Mundial da Fotografia, celebrado no último dia 19, com uma singela homenagem à dez profissionais da arte em fotografar.

Bruna Kherlakian – @brunakherlakian

Foto: divulgação Kovack&Vieira

Em um diálogo entre o concreto e a concepção, entre a luz e a sombra, entre os cheios e os vazios, emerge a poesia das cidades que habitamos. A trajetória de Bruna Kherlakian como arquiteta, fotógrafa e artista a conduz por caminhos distintos, das ruas movimentadas de São Paulo às diversidades urbanas de Nova York, do clima extremo de Toronto às chuvas de Londres e luzes de Paris, onde mergulha nas complexidades e nas particularidades das grandes metrópoles. Graduada em Arquitetura pela Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, e em Design Urbano pelo Pratt Institute, em Nova York, a artista traz um apreço pela interseção entre arte, arquitetura e fotografia. Ao longo dos últimos dez anos, Bruna trabalhou em escritórios de arquitetura renomados em diferentes partes do mundo, absorvendo as influências culturais, estéticas e urbanas das metrópoles por onde viveu. Em cada cidade, em cada rua, em cada esquina, encontrou inspiração para capturar não apenas a grandiosidade das arquiteturas modernas, mas também a essência das arquiteturas históricas que moldam as sociedades e culturas do mundo. A artista é representada pela Kovak&Vieira

 

Cassio Vasconcelos – @cassiovasconcellos

Foto: Erika Mayumi

Cássio Vasconcellos, 1965, vive e trabalha em São Paulo. Iniciou sua carreira de fotógrafo no começo dos anos 1980 e, apesar de ter vasta experiência como fotojornalista, sua produção artística se destaca pela criação de espaços imaginários e de ficções a partir de elementos da realidade. Seu trabalho ultrapassa os métodos tradicionais da fotografia documental, criando uma linguagem experimental voltada à crítica da sociedade contemporânea. A predileção pela fotografia aérea auxilia na criação de imagens impactantes, que jogam, a partir da escala, com a nossa percepção do mundo. Nas suas fotos, podemos nos encontrar diante do excesso de produtos disseminados no nosso cotidiano, assim como da regularidade das formas arquitetônicas que parecem se expandir infinitamente, figurações que aparecem como emblemas de nossa cultura. Vasconcellos publicou diversos livros reunindo essa produção, como “Brasil visto do céu“ (Editora Brasileira, 2017), “Panorâmicas” (DBA, 2012) e “Noturnos São Paulo” (2002), entre outros.

 

Christian Cravo – @christiancravo

Foto Tati Freitas

Nascido em 13 de agosto de 1974, de mãe dinamarquesa e de pai brasileiro, Christian Cravo foi criado num ambiente artístico na cidade de Salvador, Bahia, cidade onde vive atualmente. Foi introduzido no mundo das artes desde uma tenra idade. No entanto, só começou suas experiências com a técnica fotográfica aos onze anos de idade, enquanto morava na Dinamarca, lugar onde passou toda sua adolescência. Ao completar dezessete anos, voltou ao Brasil para conhecer melhor e experimentar a vida no ambiente artístico criado pelo seu avô e pai. Ao longo dos últimos vinte e cinco anos, Christian teve seu trabalho exposto em importantes instituições, como o Museu de Arte Moderna da Bahia, Ministério da Cultura em Brasília, Instituto Tomie Ohtake, Museu Afro Brasil, Museu da Fotografia em Fortaleza e no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba. Soma-se ao seu currículo, exposições em diversas galerias de arte no Brasil e no mundo. Em 2017 fundou o Instituto Mario Cravo Neto, criado com o objetivo de promover o conhecimento e a compreensão do legado de seu pai, incluindo a diversidade de técnicas, meios e assuntos que ele explorou ao longo da vida.

 

Cristiano Mascaro – @cristiano.mascaro

Foto Reprodução IG @Cristiano.mascaro

Paulista de Catanduva, Cristiano Mascaro é um dos grandes nomes da fotografia, principalmente quando o tema é grandes cidades. Formado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), Mascaro retrata a arquitetura e o cotidiano das metrópoles, em particular, a cidade de São Paulo. Contudo, a paixão pelas cidades e suas ‘arquiteturas’ antecede sua formação e remonta aos percursos que fez a pé, muitas vezes, por São Paulo. Logo após sua formação, em 1968, integrou o time da revista Veja como repórter fotográfico, onde registrou a história até 1972. Ao longo de sua carreira e com diversos livros lançados, o fotógrafo, bastante premiado nacional e internacionalmente, é uma das referências para a arte e para a história brasileira.

 

Deborah Engel – @deborahengel_studio

Foto: Galeria Marilia Razuk

 

Deborah Engel, vive e trabalha no Rio de Janeiro. A artista propõe em sua pesquisa uma reinvenção da contemplação, tomando como interesse questões ligadas à fotografia expandida, à experimentação da perspectiva e do enquadramento, e ao cinetismo. Dessa forma, a artista amplia a função da fotografia como mera captura da realidade, reafirmando o seu caráter provocativo e questionador na arte contemporânea. Engel produz relevos que, vistos frontalmente, não deixam de ser percebidos como um plano, mas ao serem acionados, promovem uma experiência tão poética quanto instintiva de apreensão do real, quase fílmica. Seus trabalhos convidam o olhar do espectador a “mergulhar” na tridimensionalidade da imagem, fazendo-o voltar à superfície, numa espécie de movimento respiratório contínuo. Marília Razuk Galeria representa a artista.

 

Fabiano Al Makul – @fabianoalmakul

 

Foto: Danilo Borges

Fabiano Al Makul, paulistano nascido em 1973, iniciou a carreira como fotógrafo em maio de 2013 através da exposição individual ELEMENTOS EM COR, realizada em São Paulo, onde logo retratou sua paixão pelas cores e elementos em cenas simples ou mesmo num espectro mais amplo. Em 2015, como desdobramento de seu trabalho, realiza a exposição individual A RIQUEZA DA CENA SIMPLES, onde manifesta num contexto poético a sutileza do detalhe de cenas que normalmente passariam despercebidas, conectando situações distintas através da criação de polípticos. No início de 2017, idealiza e funda a CASA ROSA AMARELA, seu atelier de criação e espaço de manifestações artísticas que, a partir de 2020, também passa a atuar como galeria de arte, representando outros artistas. Ao lado de Ana Berganton e Mauro Fernandes, cria o Coletivo Usufruto, o primeiro coletivo artístico formado na Casa Rosa Amarela. Ao longo de sua trajetória, tem participado de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior e seu trabalho faz parte de importantes coleções.

 

Luciana Rique – @lucianariquephotography

Foto: Tatiana Mito

Luciana Rique, 46, é formada em economia pela New York University (2011) e tem a arte da fotografia como profissão. Tudo começou em Nova York onde fez diversos cursos sobre o ofício e, já com algum conhecimento na bagagem, mudou-se para Paris onde estudou ainda mais – nesse caso, na Speos – e trabalhou como assistente do fotógrafo Jean Pierre Dutilleux. Apaixonada por artes, natureza e esportes, Luciana é mãe de Catarina, prestes a completar 13 anos. Atualmente, a artista vive e atua entre Londres e o Rio de Janeiro, onde possui ateliês, e sua pesquisa artística, que tem a fotografia como linguagem, se baseia em investigações acerca de percepções em geral não visíveis e insondáveis. Fascinada por linhas, esferas, ângulos, cantos, luz e sombra, Luciana cria composições pensando nessas formas, desconstruindo formas, fazendo elas flutuarem. O conjunto de suas obras visam criar um universo paralelo às realidades do entorno. Inspirado num viés meditativo, suas obras tangenciam o minimalismo e a questões conceituais ligadas à herança modernista da fotografia.

 

Raquel Pater – @raquel_pater

foto: Victor Valery

Em sua trajetória artística, Raquel parte de um olhar fotográfico e psicanalítico para observar a relação entre o objeto e as emoções humanas. Sua formação e mestrado em Psicologia Clínica influenciam a ampla pesquisa em psicologia das cores, na qual Raquel pretende suscitar no espectador o uso da cor em seus trabalhos como tradução das emoções, a partir de fotografias, esculturas e pinturas que buscam, em sua representação pictórica, o minimalismo da imagem e da forma. Raquel Pater é uma das artistas que faz parte da coletiva “A gente amo o que não conhece”, em cartaz na MITS Galeria desde o último 22 de agosto.

 

Rodrigo Braga – @rodrigo.b.braga

Foto: divulgação Zipper Galeria

Rodrigo Braga (Manaus, 1976) trabalha com ações performáticas e com construções manuais realizadas em paisagens naturais ou em relação à natureza presente no espaço urbano. O artista usa o próprio corpo para ora intervir em seu entorno, ora integrar-se a ele. Relações existenciais e conflitivas entre o ser humano e seu meio são assuntos de sua produção. O interesse de Rodrigo Braga passa pelos elementos materiais e seus amplos significados simbólicos, abordando uma relação difícil entre a humanidade e suas formas controversas de criar sistemas de extração, modificação e indução da natureza. Em 2012, o artista foi selecionado para a Bienal Internacional de São Paulo. Um ano depois, exibiu o trabalho “Tônus” no Cinema do MoMA PS1, em Nova York. Em 2016, realizou individual no Palais de Tokyo, Paris. Recebeu alguns dos maiores prêmios para arte contemporânea do Brasil, como do Prêmio PIPA e do Prêmio MASP Talento Emergente. Rodrigo Braga possui obras em grandes coleções institucionais no Brasil e no exterior, como MAM-SP, MAM-RJ e Maison Européenne de La Photographie (Paris). Em São Paulo, o artista é representado pela Zipper Galeria.

 

Ruy Teixeira – @ruy_teixeira

Foto Acervo Pessoal

Ruy Teixeira é um fotógrafo brasileiro radicado em São Paulo. Seu primeiro contato com a fotografia aconteceu aos seis anos de idade no laboratório de seu avô. O encanto da luz vermelha projetada sobre papéis brancos que revelavam imagens escondidas restou imagem latente na memória. Ruy começa sua carreira de fotógrafo trabalhando com fotojornalismo junto à agência Angular, cobrindo matérias para as revistas IstoÉ, Veja, Visão, entre outras. Também teve passagem expressiva no mundo da moda, por onde atuou por cerca de 10 anos trabalhando com importantes nomes do segmento entre os quais Costanza Pascolato, Regina Guerreiro, Lilian Pacce, Paulo Martinez, Giovanni Bianco, Ocimar Versolato, e outros. Hoje, seu trabalho se concentra em arquitetura, design e arte. E, como um repórter de ideias, em suas palavras, colabora com muitas revistas ao redor do mundo. Também já publicou diversos livros sobre design e arte. Em 2018 lançou o livro “Arte Popular, ponto de Vista Contemporâneo” com o qual foi laureado com o prêmio “Jaboti”, principal concurso de livros do Brasil. O último livro publicado é “Horizontes ampliados”, um ensaio fotográfico sobre design modernista.

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