No ano em que a marca que leva seu nome completa 30 anos, Tommy Hilfiger está no Brasil para a abertura da primeira flagship brasileira da label, na rua Oscar Freire, nos Jardins, encerrando uma maratona que passou por Nova York, Paris e Pequim. Filho de pai joalheiro e mãe enfermeira, o empresário, natural de Elmira, em Nova York, entrou para o mundo da moda sem nunca ter estudado sobre. Seu primeiro ganha-pão? Revender jeans para os amigos. E foi em 1985, quando recusou uma uma vaga de estilista na Calvin Klein, que começou a realizar o sonho da grife própria.
Glamurama aproveitou a visita de Hilfiger ao país para bater um papo com ele. Confira a entrevista!
Glamurama: É a sua primeira visita ao Brasil. O que você achou do país?
Tommy Hilfiger: “É ótimo. As pessoas, a comida, a energia, o clima como um todo.”
Glamurama: E do estilo dos brasileiros?
Tommy Hilfiger: “Eu acho que a turma da moda brasileira tem um estilo muito parecido com o da turma da moda internacional hoje em dia. Então a diferença entre o estilo dos brasileiros, americanos e europeus é muito pequena.”
Glamurama: Qual é a diferença do mercado brasileiro para o estrangeiro?
Tommy Hilfiger: “Eu acho que o clima tem um pouco a ver. Eu acho que o brasileiro é muito elegante e quer fazer parte do mercado global da moda.”
Glamurama: Você é workaholic?
Tommy Hilfiger: “Sim!”
Glamurama: Quantas horas você costuma trabalhar por dia?
Tommy Hilfiger: “Eu não sei quantas horas, mas estou sempre trabalhando. Sempre pensando e trabalhando em algo. Não preciso estar necessariamente no escritório para isto. Pode ser viajando por aí, observando, tirando fotos, conversando com as pessoas… Sempre pensando.”
Glamurama: Qual é seu lugar favorito para buscar inspiração?
Tommy Hilfiger: “Eu me inspiro em qualquer lugar do mundo. Eu amo outdoors, lugares americanos, filmes, música, esportes, cultura pop, arte, entretenimento…”
Glamurama: Você teve altos e baixos ao longo desses anos. O que você aprendeu com isso?
Tommy Hilfiger: “Eu aprendi que você deve ser verdadeiro com você mesmo e prestar atenção ao negócio.”
Glamurama: Há cerca de um ano você comprou o Raleigh Hotel, em Miami. Você pretende investir mais no ramo hoteleiro?
Tommy Hilfiger: “Possivelmente. Talvez em Los Angeles.”
Glamurama: Alguma possibilidade de um Hotel Tommy Hilfiger?
Tommy Hilfiger:“O Raleigh é um ótimo nome, um ótimo hotel. Então talvez mais Raleigh Hotels pelo mundo.
Glamurama: Você tem cinco filhos. Algum deles pretende seguir seus passos na empresa?
Tommy Hilfiger: “Não na companhia. Minha filha que é formada em design de moda deseja criar sua própria coleção, e não na companhia. Oura filha é artista plástica, e também escritora, e meu filho é músico. Então eu acredito que nenhum deles vá seguir meus passos na Tommy Hilfiger.
Glamurama: Você tem cerca de 50 obras de Andy Warhol. Já pensou em exibi-las publicamente?
Tommy Hilfiger: “Eu já expus uma vez, e talvez um dia exiba novamente.”
Glamurama: Qual é a sua preferida?
Tommy Hilfiger: “Marilyn Monroe.”
(Por Julia Moura)
Desde o marketing à criação, passando pela produção dos desfiles e questões financeiras, Tommy Hilfiger se envolve tudo o que diz respeito à companhia que leva seu nome. Os pulos do gato de sua marca? Em 1986, um anos após ser fundada, quando lançou uma campanha de marketing criada pelo famoso publicitário americano George Lois, em que, através de outdoors espalhados pela Times Square, comparava a Tommy a outras três marcas mais famosas dos Estados Unidos: Calvin Klein, Ralph Lauren e Perry Ellis. A ousadia fez com que as vendas disparassem. Em 1994, Snoop Doggy elegeu um blusão com o emblemático logo da Tommy para gravar o programa “Saturday Night Live”, fazendo com que as vendas aumentassem US$90 milhões em apenas um ano.
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Atualmente, a marca abre também um novo endereço no Shopping JK Iguatemi. Há dois anos, a companhia formou um joint venture com o grupo InBrands. Desde então, ambos compartilham a administração e as vendas dos produtos da etiqueta no Brasil. O contrato vai até 2023.
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