Prestes a ser retratada no cinema como vilã por ninguém menos que Lady Gaga, Patrizia Reggiani não está tão incomodada com o enredo do novo filme da cantora – “House of Gucci”, de Ridley Scott e baseado na história real do assassinato do herdeiro da Gucci, Maurizio Gucci (vivido por Adam Driver no longa) a mando de Reggiani, ex-mulher dele – quanto está com o fato de que a intérprete de “Bad Romance” nem sequer a procurou pra saber mais sobre sua versão dos fatos.
“Me incomoda saber que a Lady Gaga me interpretará em um filme sem jamais ter tido a cortesia ou o bom senso de ter vindo falar comigo e me conhecer melhor”, Reggiani disse em entrevista para a agência de notícias italiana Ansa. “Não tem nada a ver com dinheiro porque não vou ganhar um centavo com essa produção. A questão aqui é bom senso e respeito”, completou a socialite.
Para Reggiani, qualquer bom ator que aceite viver alguém que existiu ou existe de verdade na telona tem a obrigação de se inteirar sobre a vida do retratado, inclusive o conhecendo pessoalmente quando for possível. “Além de tudo, acho chato a Lady Gaga, por quem tenho muito carinho e respeito, não ter tido a empatia de pensar em me procurar”, ela concluiu.
Ainda sem previsão de lançamento, “House of Gucci” será baseado nas semanas seguintes ao assassinato de Maurizio, em 1995, por um matador de aluguel contratado por Reggiani, que foi condenada a 29 anos de prisão pelo crime. Livre desde 2016, a ex-rainha da moda poderia ter saído do xilindró anos antes, caso tivesse aceitado trabalhar na prisão, um benefício que negou por acreditar que não nasceu para o batente. (Por Anderson Antunes)