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Silvero Pereira || Reprodução e Divulgação Rede Globo
Silvero Pereira || Reprodução e Divulgação Rede Globo
A reprise da novela ‘A Força do Querer‘  terá nesta semana a aparição de Nonato, personagem do ator cearense Silvero Pereira. Na trama, ele mantém uma vida dupla: de dia é Nonato e trabalha como motorista de Eurico (Humberto Martins), porém, por trás do terno e cabelos longos, porém presos em um discreto coque, existe a esfuziante artista Elis Miranda. O papel marcou a entrada de Silvero nas novelas e abordou questões como identidade de gênero, representatividade e luta contra o preconceito. O ator relembrou os tempos de gravação e a importância da novela para sua carreira: ” Me apresentou para todo o Brasil como o artista que sou, e minha história de vida”.
Você foi um dos personagens mais comentados ao longo da trama. Como foi a repercussão na época? 
Silvero: Já passaram três anos e ainda hoje essa personagem reverbera em minha vida. O número de seguidores que tenho nas redes é fruto dessa personagem. A Glória Perez me assistiu no espetáculo BR-TRANS durante uma temporada no Rio e, logo depois me fez o convite dizendo que não tinha personagem, mas que iria criar um especialmente para mim. Eu sempre sonhei com o universo da televisão, e a Glória foi uma madrinha muito cuidadosa. Ela escrevia e me observava em cena e depois foi me dando mais cenas e confiando no meu trabalho. Só gratidão por esse presente.

Como descreveria a Elis Miranda/ Nonato hoje?
Silvero: Elis Miranda é uma sonhadora, ela quer vencer como artista, ser reconhecida. Entretanto, precisa superar os desafios do preconceito. Então, reconstrói a imagem de Nonato para conseguir trabalhar e juntar dinheiro para ajudar a família e realizar seu sonho. Esse é um personagem cheio de amor, extremamente cuidadoso com as pessoas e que traz o humor como escape de situações ruins. Quero muito rever o show de Elis Miranda e Suellen Pinheiro cantando ‘Fera Ferida’, de Roberto Carlos. Além da letra ser muito forte e uma bela mensagem, eu contracenei com o Maxwell Pinheiro, maquiador da novela. Ficamos muito amigos, e, de repente, estávamos em cena juntos e emocionados.

‘A Força do Querer’ foi seu primeiro papel na TV, depois de anos se dedicando ao teatro. Qual a importância dessa novela em sua carreira?
Silvero: ‘A Força do Querer’ me apresentou para todo o Brasil como o artista que sou, minha história de vida. Esse trabalho ultrapassou a tela da TV e fez muita gente ver o Silvero cearense, do interior do Estado, artista, filho de lavadeira com pedreiro e que conseguiu realizar um sonho. A Glória queria muito mostrar o ator Silvero.  Ela falava muito em não criar um estereótipo para mim, e, por isso, quis me mostrar nessas facetas. Pude levar para a novela o meu conhecimento dentro da comunidade LGBTQIA+, minha militância.

O que sentiu quando soube que ‘A Força do Querer’ seria exibida novamente? 
Silvero: Fiquei muito emocionado com o retorno da novela. Essa é uma obra muito significante na minha carreira, e ter a personagem mais uma vez entrando nos lares dos brasileiros será muito especial. Não esperava rever Nonato/ Elis em tão pouco tempo.
Pode contar alguma curiosidade das gravações que você lembre com carinho? 
Silvero: A coisa mais significativa para mim nesse trabalho foi estar ao lado de pessoas que sempre admirei como espectador e que, naquele momento, eram meus colegas de trabalho. Humberto Martins foi um grande mestre, tenho profunda admiração e carinho pela forma como ele me ajudou e me ensinou em todas as vezes que gravamos juntos. Outra questão de grande importância foram os fortes laços de amizade com Mariana Xavier e Dig Dutra.
Você também foi Lunga, personagem emblemático do filme ‘Bacurau’. Fale sobre ele  
Silvero: Lunga é um outro marco na minha carreira. Construir uma personagem de cinema, que alcançou tanta popularidade é algo raro no Brasil. Tenho muito orgulho e gratidão por esse momento em ‘Bacurau’.

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