Sheryl Crow, que no começo da carreira trabalhou como ‘backing vocal’ em uma turnê de Michael Jackson, falou pela primeira vez sobre as acusações de abuso sexual feitas contra o cantor no polêmico documentário “Leaving Neverland” em uma entrevista que deu para o “The Guardian”. Ao jornal britânico, a estrela da música country americana disse que ficou sabendo do programa um dia depois da exibição de seu primeiro episódio nos Estados Unidos, e assim que ligou a televisão e sintonizou na “CNN”. “Só falavam naquilo e mostravam clipes dos meninos junto com ele [Jackson] durante nossa turnê, e eu lembro que ficava pensando o que os pais deles estavam fazendo”, lembrou a cantora de 57 anos.
Os meninos citados por ela são Wade Robson e James Safechuck, que foram bffs do rei do pop na infância e cujos depoimentos serviram de mote para o doc do diretor Dan Reed produzido pela “HBO”. “Parece que alguém da família morreu, sabe?”, Crow desabafou durante o bate papo. “Eu fico muito triste, mas também com muita raiva. Havia uma rede de pessoas que contribuía para que tudo aquilo acontecesse”, completou.
Crow e Jackson conviveram juntos ao longo de meses entre 1987 e 1989, quando caíram na estrada com a turnê global “Bad”, que passou por 15 países e foi assistida por 4,4 milhões de pessoas. Mas a intérprete de “All I Wanna Do” garantiu ao pessoal do “The Guardian” que raramente trocava palavras com o falecido astro da música e tampouco foi procurada por ele quando conquistou a fama. “Eu acho que o Michael nunca nem sequer soube meu nome”, ela afirmou. (Por Anderson Antunes)
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