Para Selton Mello, é como um sonho voltar a trabalhar em um de seus projetos mais queridos: ‘Sessão de Terapia’. Depois de cinco anos de hiato, a série volta para o GNT e, dessa vez, conta também com o apoio da Globoplay. Emocionado, Selton Mello não economiza elogios. “Fico feliz de levar essa flor a um público maior. Essa série é muito linda e importante. Conheço algumas histórias de pessoas que, através da série, começaram a fazer terapia, então são histórias muitos reais. É como voltar para casa”.
Diretor das temporadas anteriores, o ator dessa vez se divide entre duas funções: interpretar o novo terapeuta da trama, Caio, e a direção. Essa jornada dupla teve um motivo: José Carlos Machado (que interpretava o terapeuta Theo Cecatto) foi contratado pela Record, o que se tornou uma grande questão para Selton e o produtor Roberto d’Avila. “Nós pensamos em desistir, mas o Roberto chegou em mim e disse: ‘vamos tocar adiante, a gente troca o terapeuta, de repente um cara mais novo, com outras questões, ou uma mulher, mas vamos fazer’. Eu resisti muito. Resisti por saber que não teríamos mais o personagem do Zé, resisti em gostar do Caio, esse novo personagem que eu interpretaria. Cheguei até mesmo a sondar alguns atores para o papel, mas no meio desse processo, tudo mudou”, revela.
https://www.instagram.com/p/B1pBI3_AflX/
Essa não é a primeira vez que Selton Mello atua e dirige ao mesmo tempo. Em “O Palhaço” (2011) e “O Filme da Minha Vida” (2017) ele também encarou essa empreitada. “Para mim, não tem mistério… especialmente essa série que já tinha um tom, ritmo, jeito de contar. Isso eu não mudei”, diz. Mas, dessa vez, Selton aparece na tela com um personagem bem mais denso. Caio é um terapeuta/psicanalista que, além de ter uma agenda cheia, enfrenta suas próprias questões e um de seus maiores medos: a solidão. Por isso, Caio conta com o suporte de outra terapeuta, Sofia, interpretada por Morena Baccarin. “A Morena entrou para o elenco e me motivou muito a aceitar o papel do Caio. Somos amigos de longa data e já era um sonho nosso trabalhar juntos. Depois de muito tempo ‘namorando’ essa ideia, aconteceu. É ótimo ter ela atuando como a terapeuta do terapeuta. A Sofia é muito sensata e alerta o Caio sobre as dificuldades que ele tem e a mania de tapar buracos emocionais”, ressalta Selton.
https://www.instagram.com/p/B0PNnYBACjw/
Baseada na série israelense BeTipul, “Sessão de Terapia” tem roteiro de Jaqueline Vargas. Na trama, cada personagem ocupa um dia da semana, de segunda a sexta, e apresentam questões como depressão, abuso e o grande problema das redes sociais nessa nova geração.
Era descartável
Além de atuar a dirigir, Selton Mello faz de tudo e esbarra também na questão da escolha e preparação de elenco, e destaca uma das maiores dificuldades da profissão no momento. “Assim como as empresas de tecnologia estão sempre lançando novos produtos e descartando os antigos, isso acontece com o ator. É uma profissão que descarta, que vive em busca do novo. E eu gosto de ir atrás daqueles atores que já não aparecem mais como antes. Sempre me emociona o trabalho de quem está fora do jogo. Exatamente por esse motivo, existe a personagem da Fabíula Nascimento, que na trama é uma atriz famosa que está em conflito. Apesar de ela não estar em escanteio, a personagem conseguiu trazer esse assunto à tona. O medo de um dia ser esquecido”, desabafa Selton.
E para quem sentia falta de do ator nas novelas, o momento chegou. Aos 46 anos – mais de 20 longe dos folhetins -, o ator retorna como Dom Pedro ll na próxima trama das 6, “Nos Tempos do Imperador”, continuação de “Novo Mundo”, dos autores Alessandro Marson e Thereza Falcão. A novela estreia em 2020 e, até lá, vale a pena acompanhar a nova temporada de “Sessão de Terapia”, que estreia na sexta, dia 30, no Globoplay! (por Jaquelini Cornachioni)
https://www.instagram.com/p/ByTkP9egxdE/
- Neste artigo:
- Selton Mello,
- Sessão de Terapia,