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José Júnior || Erom Cordeiro e || Reprodução
José Júnior || Erom Cordeiro e Silvio Guindane || Reprodução

Boas doses de adrenalina e novos desenrolares fazem parte do pacote da nova temporada da série do Globoplay, ‘A Divisão’, que estreia na plataforma nesta quinta-feira. A trama se passa no final da década de 1990 e fala do cotidiano das atividades de um grupo de policiais da Divisão Antissequestro do Rio de Janeiro (DAAS). Silvio Guindane, que vive o delegado Mendonça, e Erom Cordeiro, que dá vida ao investigador Santiago, entregaram mais detalhes da segunda temporada e falaram sobre a experiência, a troca entre os personagens, além de abordar um tema tão intenso e importante, principalmente quando o assunto é segurança pública. A série foi criada por José Júnior e é uma produção da AfroReggae Audiovisual em parceria com o Multishow e a Hungry Man.

Entrevista com Silvio Guindane

– Como Mendonça chega nesta segunda temporada e quais são os principais dilemas e conflitos dele?
Nessa segunda temporada, o Mendonça se vê encurralado pelo sistema. A eficiência de seu trabalho na DAAS gera uma série de desdobramentos de interesses políticos dentro da polícia e isso o afeta diretamente. Ele vai ter que conter o seu psicológico e vai passar por uma grande transformação dentro de todos os acontecimentos.

– Quais são os novos elos que se estabelecem? Como está a relação dele com o Santiago?
A primeira temporada transformou esses dois personagens. A principal transformação é que Mendonça e Santiago, a partir do final da primeira temporada, começam a ter o mesmo objetivo dentro da polícia. Isso foi um ganho para a parceria dos dois. O problema é que, mesmo agora, com o mesmo objetivo, eles pensam de forma diferente “Os meios” de chegar nesse objetivo final são um abismo entre os pensamentos dos dois. Isso faz com que eles, em certo momento, rachem a parceria. Mendonça e Santiago se veem na berlinda, querem seguir seus respectivos trabalhos, mas acabam sendo encurralados. Eles agora não vão apenas investigar, também serão investigados pela própria polícia.

– Qual foi o principal desafio para você nesta sequência?
A segunda temporada de “A Divisão” traz, além da ação das personagens como policiais, um aprofundamento psicológico deles. Esse foi um desafio na construção das personagens, a transformação deles. Os fatos que resvalam no caminho do Mendonça na segunda temporada fazem com que ele repense em tudo e seja obrigado e se reinventar, se transformar como ser humano para conseguir seguir com um trabalho efetivo dentro da polícia. É claro que, para isso acontecer, ele vai passar por um calvário que vai da ira à depressão. Mas adianto ao público que isso tudo só vai deixar Mendonça e Santiago mais fortes para seguir em frente.

– Qual é o retorno que você tem do público?
É muito legal! “A Divisão” é, sem dúvida, um divisor de águas na minha carreira. O sucesso da primeira temporada gerou uma identificação muito grande com o público e isso gera um retorno imediato (graças a Deus, positivo). Vejo que as pessoas gostam dos personagens, mesmo tendo diversos defeitos. Isso é, sem dúvida, uma prova de que o espectador sente, cada vez mais, a necessidade de se ver retratado na tela, assistindo a personagens realistas e consumindo um conteúdo de qualidade audiovisual. Esse resultado ultrapassa o nosso trabalho como atores. Ele só se torna possível com um bom roteiro, uma boa realização e uma direção assertiva.

Entrevista com Erom Cordeiro

– Como Santiago chega nesta segunda temporada e quais são os principais dilemas e conflitos dele?
Santiago vem com sede de vingança. Apesar do êxito da DAAS, ele sabe que tanto ele quanto Mendonça estão sendo “vigiados” de perto. Estão mais que envolvidos na rede de interesses políticos que vai mudar as peças no tabuleiro da segurança pública. E ele quer descobrir quem matou Ramos, seu grande amigo. Vai em busca dessa resposta fortemente. Toda essa tensão atinge e vai minando sua vida pessoal.

– Quais são os novos elos que se estabelecem? Como está a relação dele com o Mendonça?
Sua relação com Mendonça cresce em cumplicidade e também, pra variar, em atrito. Mas se respeitam e sabem da força que a dupla tem. Eles percebem que há um jogo agressivo acontecendo nos bastidores e que eles podem sofrer com isso. A chegada de novos personagens, como Lavínia (Branca Messina), vai movimentar esse jogo.

– Qual foi o principal desafio para você nesta sequência?
Santiago tem um faro aguçado para perceber e radiografar tudo em volta. Nessa temporada, esse instinto de sobrevivência está mais apurado ainda. Ele sabe que, em qualquer passo em falso, a cabeça dele pode rolar.

– Qual é o retorno que você tem do público?
Tem sido muito bom ouvir as reações do público e fico feliz com o que venho escutando. Comentam sobre a tensão, o fio esticado que o roteiro e a direção imprimem o tempo todo. Toca em questões que vão pra além de uma série sobre violência urbana, da complexidade e do caráter ambivalente das personagens. Que foge de ser apenas mais um bang bang urbano tentando expor as entranhas da corporação e expõe suas contradições. Quanto ao Santiago, escuto que ele “mete o louco” (risos), que o AllStar (apelido dado a ele na série) não bate bem por se colocar em situação de risco por impulso.

 

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