Glamurama perguntou para Sandy, Thiaguinho e Paulo Ricardo, os novos jurados do “SuperStar”, da Globo, qual foi a crítica que receberam que mudou suas vidas. Vem saber (por Michelle Licory)
Sandy
“Gravei meu primeiro disco com 7 anos, e cantei pela primeira vez em um programa de TV aos 6. Sempre tive meus pais do lado, e minha mãe era produtora, diretora de show, empresária, fazia o figurino… Ela tem muita visão artística e, mesmo quando a gente era bem pequeno, ela pegava uma prancheta depois de cada apresentação e anotava ao lado de todo o setlist em que música a gente tinha ido bem, em qual a gente precisava melhorar. Ela sempre foi nosso termômetro e assim eu me acostumei a ser criticada, depois virei minha maior crítica. Aprendi a ser crítica com ela. Me assitia na TV e não me achava a incrível. Estar no palco era ótimo, um hobby, mas também sempre foi trabalho.”
Thiaguinho
“As críticas que recebi no ‘Fama’ [antigo reality show da mesma emissora que ele participou, mas não venceu] me fizeram crescer muito. Assisti ao programa inteiro de novo depois que acabou. Eu era muito tímido, tinha vergonha de encarar o público. Cantava pra mim. Eu tinha 18 anos e era muito cru. Estava acostumado e me esconder atrás do meu cavaquinho. Me disseram que eu tinha que me soltar mais. Se você está mostrando uma música, tem que mostrar emoção. Outra coisa que chamaram minha atenção: excesso de preocupação. Ficar só pensando em alcançar aquela nota… Isso não passa coisa boa pra quem está em casa, e sim algo muito técnico. O espectador não gosta de ver que você está lá pra desempenhar uma função, sem se envolver. Tem que ir com o coração aberto.”
Paulo Ricardo
“Não é toda música que a gente faz que é boa. Tem que ter alguém pra falar isso. Difícil é quando você está começando e vem aquela maré positiva, as pessoas comentando ‘uau, está surgindo na cena underground uma banda nova, muito boa’, aí você faz sucesso e os mesmos críticos que falavam bem começam a falar mal… ‘Ah, não é mais a mesma coisa…’ Sabe… ‘Os fãs de hoje são os linchadores de amanhã’, já dizia Millor Fernandes. Tem sempre aquela crítica ruim que fica te atormentando. Cuidado. Nem toda crítica é válida. Estamos aqui para plantar sementes. Talvez a gente encontre no programa uma banda ainda embrionária, mas que depois possa crescer e amadurecer. O Thiaguinho não venceu o ‘Fama’ e hoje é muito mais famoso que todos os participantes juntos. Na época em que fui correspondente de uma revista em Londres, eu era… Crítico. Desde 1980 até 1984, era isso que eu fazia. Acho que essa experiência vai me ajudar.”
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