A cineasta Viviane Ferreira foi eleita Presidente do Comitê Brasileiro de Seleção do Oscar 2021 em votação realizada nessa quinta-feira. Mas, afinal, quem é ela? Nascida e criada no Coqueiro Grande, na região periférica da cidade de Salvador, é mestre em políticas do audiovisual pela UNB, e advogada com atuação focada em direito do entretenimento. Em sua atuação na sétima arte, Viviane é a segunda mulher negra brasileira a dirigir um filme de longa metragem, “Um Dia com Jerusa”. A primeira foi Adélia Sampaio, em 1983, com “Amor Maldito”. Entre as grandes obras de Viviane estão também “Pessoas – Contar Para Viver”, “Mumbi7Cenas pós Burkina”, além de dirigir e roteirizar diversos videoclipes e curtas documentais.
Viviane Ferreira falou sobre sua formação e experiências: “Tenho uma formação política fincada na vivência religiosa do candomblé, em uma casa em que o “feminino” ainda é centro do poder. Tal formação foi alinhada com a experiência de trajetória profissional e política fruto da resistência do movimento de mulheres negras brasileiras. No Ceafro (organização de mulheres negras em Salvador), integrei o coletivo de juventude e fui presidenta até 2017 da Associação Mulheres de Odun, organização de mulheres negras feministas”, contou em entrevista à ‘Carta Capital’.
É importante ressaltar que, neste mês, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais foi reconhecida oficialmente pela Academy of Motion Picture, Arts and Sciences (AMPAS) como única entidade responsável pela seleção do filme que a cada ano concorre a uma vaga entre os cinco indicados ao prêmio de Melhor Longa-Metragem Internacional no Oscar. Agora, o comitê é formado por Affonso Beato, Clelia Bessa, Lais Bodanzky, Leonardo Monteiro de Barros, Lula Carvalho, Renata Magalhães, Rodrigo Teixeira, Roberto Berliner e Viviane Ferreira.
- Neste artigo:
- cinema nacional,
- Oscar,
- Viviane Ferreira,