Apesar de possivelmente estar na mira do governo dos Estados Unidos, que cada vez mais aperta o cerco contra os ricaços da Rússia, Roman Abramovich não desistiu de transformar as três townhouses que comprou em Nova York na maior casa já construída por lá. As propriedades localizadas lado a lado na região do Upper East Side foram adquiridas pelo bilionário russo entre 2014 e 2015, e no total custaram cerca de US$ 78 milhões (R$ 287,2 milhões).
Desde então, Abramovich tenta uni-las, o que resultaria em um château de seis andares e quase 3 mil metros quadrados privativos, mas a prefeitura de NY já recusou vários projetos megalômanos que os arquitetos contratados por ele submeteram para aprovação do órgão responsável pelo planejamento urbano da cidade, uma vez que as townhouses estão em área tombada pelo patrimônio histórico e, portanto, não podem sofrer grandes alterações.
O último projeto que eles apresentaram, assinado pelo escritório Stephen Wang + Associates, é ainda mais ousado, com direito a paredes exteriores de vidro e piscina no subsolo, além de dois elevadores e um atrium de dois andares que servirá de galeria de arte. Some-se a isso a construção de 12 banheiros e duas escadarias, sendo uma circular, e o resultado é uma planta que custará no mínimo US$ 100 milhões (R$ 368,2 milhões) para sair do papel.
Abramovich, mais uma vez, aguarda o aval das autoridades da Big Apple para finalmente realizar o sonho imobiliário. O curioso é que ele transferiu a posse das townhouses em meados de setembro para a ex Dasha Zhukova, conforme Glamurama contou na época, mas isso provavelmente tem algo a ver com o fato de que o dono do Chelsea teme sofrer sanções dos americanos em razão da amizade que tem com Vladimir Putin.
Vários colegas dele no clube dos dez dígitos viveram a situação delicada recentemente, e o próprio Abramovich colocou à venda o time inglês pelo qual nutre uma paixão sem fim e pelo qual está pedindo US$ 5,5 bilhões (R$ 20,2 bilhões) em dinheiro e nenhum centavo a menos. Precavido, o bilionário também reduziu recentemente sua fatia na holding que controla a maior parte de seus investimentos. Todo cuidado é pouco! (Por Anderson Antunes)