Durante a festa da novela “Velho Chico”, essa segunda-feira no Museu do Amanhã, no Rio, perguntamos para Antonio Fagundes sobre ele dividir o papel com Rodrigo Santoro, que faz a fase jovem de seu personagem. “Só sinto que a vida o tenha tratado tão mal para chegar a esse ponto”, brincou o veterano.
A gente, claro, foi contar pra Rodrigo sobre a declaração. “Fagundes deveria fazer comédia por esse comentário. O orgulho é todo meu. Espero não estragar as coisas pra ele”. E por falar no personagem… “Ele não é um bom exemplo. Não recomendo para crianças”, adianta o ator. “O Afrânio [nome do papel] se transforma todo capítulo. Prometo emoções fortíssimas. Ele representa o coronelismo, a tradição patriarcal. Coisas que a gente ainda vê até hoje no Brasil profundo…”
Sobre o visual: “O cabelo com cara de ‘acordei assim’ é resultado de um árduo trabalho de caracterização. Não vou contar o segredo do Papai Noel, mas posso dizer que faço diariamente e leva horas. Mas vale a pena porque fica selvagem como o personagem. Afrânio é arretado e destemperado.”
Ah, sobre sua participação no último “Domingão do Faustão”… “Aquilo foi emoção espontânea, não controlada. Se um dia eu parar de me emocionar, não vale mais a pena.” (por Michelle Licory)
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