Lá vai Rodrigo Lombardi de novo fazer papel de galã, terceiro seguido em novelas de Gloria Perez. Agora ele é o advogado certinho Caio, que vira secretário de Segurança em “A Força do Querer”, e vive um conflito por ser apaixonado por Bibi, papel de Juliana Paes, que entra para o crime. Pergunta só para o ator por que, em sua opinião, ele faz tanto sucesso também por seus dotes físicos… E acaba sempre com esse tipo de personagem macho alfa/ protagonista de romances conturbados: “Uma vez vi na internet uma definição sobre mim e acho que sou isso mesmo: o pedreiro que faltava na sua vida. Tenho narigão, dentão, não sou nada príncipe, mas sou exótico, e isso faz sucesso”.
“O amor não cabe dentro do conceito de ética”
Sobre Caio: “Ele é a personificação do caráter, coisa que é difícil de se achar hoje em dia. Tem ética, gosta do que é justo. Mas todos esses valores são abalados pelos quereres dele. Ele sabe que tem coisas que pode, mas não deve, e que quer, mas não pode. Quer ser feliz sem comprometer sua ética. Mas o amor não cabe dentro do conceito de ética. Tudo tem limite, mas paixão é transbordamento, aquilo que não se pode controlar. Qualquer pessoa é capaz de fazer algo ilegal por amor. Isso vai abalar as estruturas dele. Um amor que vai de encontro ao que ele acredita”. Mais “novelão”, impossível, né?
“Bandidos usam qualquer caminho, por isso estão sempre um passo à frente”
Será que Caio vai se corromper? Isso ele ainda não entrega, mas filosofa sobre o tema… “Corruptos sempre existiram e sempre existirão, só que agora a gente não aceita e os tira do poder, vai pra rua. Eu fui pra rua. Pra esbravejar e porque achei lindo aquele movimento da população. O bandido é livre pra fazer o que quiser. A gente, que busca justiça, tem um caminho só, o do Direito. E demora mesmo, pra ser bem feito. Já eles usam qualquer caminho, por isso estão sempre um passo à frente”.
“É a mesma coisa que xingar jogador que erra o pênalti na final da Copa”
Se é para dar nome aos bois… “O [Sergio] Moro pode ter exagerado em algum momento, mas foi em uma tentativa de acertar, ele mesmo pediu desculpas. A gente quer apontar o dedo, mas para atacar tem que entender todo o cenário da Lava-Jato. Tirar do contexto é a mesma coisa que xingar jogador que erra o pênalti na final da Copa. Esse termo, ‘golpe’, virou um clichê batido. É uma palavra muito forte. A regra existia. E o que importa é que tínhamos um país insatisfeito. Continuamos insatisfeitos, mas… A bandeira do PT é linda, só que tivemos uma safra de petistas muito ruim”. (Por Michelle Licory)
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