Por Michelle Licory
Roberto Carlos recebeu cerca de cem convidados para um pocket show essa terça-feira no Copacabana Palace, no Rio, para marcar o lançamento do álbum “Primeira Fila”, com músicas em espanhol. Ele cantaria apenas quatro, e nem chegou a isso. Logo na primeira, “Eu Te Amo, Te amo, Te Amo”, o rei interrompeu a letra três vezes, levantando a voz para reclamar – energicamente – do áudio em seu retorno. Ao que parece, não foi atendido e, visivelmente irritado, arrancou o aparelho da orelha. Roberto parecia pouco à vontade, colava do TP a letra toda das versões em espanhol. E não cantou a quarta música.
“Fiquei bravo, nervoso, sim”
Nos bastidores, depois da apresentação, perguntamos, em tom de brincadeira, se ele tinha vivido uma noite de Tim Maia – famoso por repreender músicos e técnicos de som no palco, na frente da plateia. Ele achou graça ao ouvir a comparação [que bom, já que os dois tinham uma relação meio controversa] e se explicou. “O som do coro estava muito alto, me incomodou muito o ouvido. Fiquei bravo, nervoso, sim. Pedi pra abaixar, acho que não entenderam. Quando a gente está no palco, fica muito sensível, suscetível a reações assim. A gente está à mostra, é muito complicado. Aquilo estava me doendo, eu tirei o fone e diminuí, mas aí diminuí tudo, toda a base”. Foi por isso que terminou antes o show? “Foi! Fiquei preocupado porque a última música era ‘And I Love Her’, muito delicada, eu teria que ter um som muito claro no meu retorno por conta dos arranjos, dos agudos”.
“Imagina se eu ia sair pela Urca procurando alguém”
Apesar das regravações, Roberto chamou o novo álbum de “ousado”. “Regravei as músicas de forma totalmente diferente. ‘Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo’, por exemplo, virou reggae”. Então, tá. Ah, claro que o assunto chegou na tal moça – sua vizinha da Urca, bairro carioca onde mora – que estaria recebendo investidas dele. “As meninas que frequentam o bar Belmonte sempre que eu passo vêm na janela do meu carro falar comigo, me chamam para um chope. Rola essa camaradagem com a galera. Conversam comigo com carinho. Mas isso dessa moça não é verdade. Estou solteiro, sem nenhuma paquerinha. Imagina se eu ia sair pela Urca procurando alguém. Telefone existe pra isso”. Gosta dessa companhia de meninas mais novas? “Ah, me alegra muito [risos]. Mas estar com mais velhas também”.
“Ou impeachment ou outra coisa”
Roberto vai cantar com a funkeira Ludmilla – do hit “É Hoje” – em seu especial de fim de ano da Globo. Quem confirmou foi o próprio, com o seguinte comentário: “As letras dela são interessantes”. Em tempo: o cantor – que costuma ter uma postura de não se envolver com política – deu sua opinião sobre a hipótese de impeachment da presidente Dilma, diante de “coisas absurdas e inadmissíveis que estão acontecendo no Brasil”. “Todo mundo enrolando no poder. Tem que resolver de alguma forma: ou impeachment ou outra coisa”. Vem ler a declaração completa aqui.
* Assista aqui embaixo o desabafo do rei sobre ter perdido a paciência no palco.
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