por Anita Pompeu para Revista Joyce Pascowitch
O apartamento ultra cosy contrasta com a localização: uma das principais vias e centro comercial de São Paulo, onde não se veem casas, nem edifícios residenciais.
Tratando-se do dono, o florista Vic Meirelles, nada mais coerente. Afinal, ele pode ser o que for, menos óbvio. Sua história com o imóvel, aliás, já começou com um algo a mais. Por intermédio de uma de suas melhores amigas, no início de 2000, ele descobriu um apartamento no 11º andar do prédio à venda. Mas, logo que se mudou, arrumou encrenca com o vizinho de cima. O motivo era um tanto inusitado: seu costume de assistir a filmes de terror com as janelas bem abertas.
Ironicamente, ou não, em pouco tempo o tal vizinho colocou o imóvel à venda. Resultado? Foi arrematado por Vic, um “acumulador assumido” de coisas, enfeites, peças, livros etc. etc. etc.
Nessa época, o andar inferior era a sua casa oficial. Então, o superior virou o canto da bagunça e que também acolhia os amigos. Mas logo a coisa se inverteu. Depois de uma reforma comandada por René Fernandes Filho, o andar de cima virou a casa de Vic. É lá, já há muitos anos, que ele mora com o marido, o músico e cantor Denis Mattos. O debaixo funciona como estúdio musical e saleta de TV, único ambiente em que há o aparelho.
Na casa, a paixão de Vic por viagens, obras de arte e peças de antiquários está presente em todos os lados por meio de enfeites. A maioria é fruto de suas voltas ao mundo e de uma moeda corrente na vida de quem trabalha com arte: a boa e velha troca. Parte da decoração natalina que enfeita a morada da dupla vem de presentes de amigos e clientes e restos de decorações antigas. É o caso, por exemplo, da coleção de ursos de Natal da loja de departamento Harrods, que ele tem desde 1999, e que cresce a cada ano por estímulo e respaldo de colegas queridos.
Mesa posta, árvore montada, enfeites subindo peles paredes, vermelho e verde onipresente. Tudo pronto para a noite de Natal, certo? Errado. Exótico que é, há dois anos Vic passa a noite do dia 24 bem longe dali: “Em algum restaurante, de preferência numa churrascaria, com a minha família e a do Denis”. Excentricidade para ninguém dizer chega.
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