No meio da confusão desta quarta-feira no Conselho de Ética, em que foi adiada mais uma vez a votação da admissibilidade do processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o colega de partido do parlamentar, Manoel Júnior (PMDB-PB) surpreendeu os presentes ao dizer que compromissos “inadiáveis” o impediriam de votar na quinta-feira.
A chefia de gabinete do deputado Manoel Júnior explicou o evento tão importante ao qual a presença dele é obrigatória: trata-se de uma reunião às 9h30 da quinta-feira, da comissão especial do Congresso que debate a Medida Provisória 693/15. A MP dá isenção fiscal a atividades específicas no período da Olimpíada. Como o deputado é relator da medida e ela está prestes a expirar, a audiência não poderia ser adiada em hipótese alguma, justificou o deputado. Está explicado.
A falta de quórum na quinta, dia 3, foi o pretexto para a Presidência do Conselho empurrar ainda mais o debate sobre a situação de Cunha.
A votação do processo sobre o caso do presidência da Câmara ficou para a próxima terça-feira, isso se não houver mais uma ação orquestrada de seus amigos para postergar de novo a sessão. (Por Malu Delgado)
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